A Luneta Âmbar, de Philip Pullman

Aviso: esta resenha contém revelações sobre o enredo (spoilers).

É quase um consenso que os episódios finais das grandes séries – em livros ou tevê – nunca agradarão a todos. Talvez até faça sentido afirmar que os que detestaram o final são em número igual ou superior aos que gostaram. Os seguidores (leitores ou telespectadores) mais exaltados culpam imediatamente os autores (escritores, roteiristas ou diretores), apontando-os como pessoas incapazes de chegarem a um desfecho à altura da série. Outros mais bondosos, até assumem certa parcela da culpa, admitindo terem criado grandes expectativas antes do final. E como diz um pensamento budista "grandes expectativas resultam em grandes frustrações".

É claro que estas não passam de tentativas para explicar porque o final não agradou tanto quanto o começo, ou mesmo o meio, da história. É uma tentativa de justificar porque A Luneta Âmbar não me agradou, enquanto os dois volumes anteriores sim. O livro A Luneta Âmbar encerra a trilogia Fronteiras do Universo, do escritor britânico Phillip Pullman. Os volumes anteriores são A Bússola de Ouro e A Faca Sutil. Ao contrário do citado no parágrafo anterior, comecei a ler sem grandes expectativas, pois a pessoa que me emprestou o livro revelou que ele não era bom como os anteriores. E tenho de admitir, ela estava certa.

A Luneta Âmbar revela todos os mistérios levantados nos volumes anteriores, amarra todas as pontas soltas. Os mocinhos vencem os vilões. O universo - ou universos, já que é uma história de viagens dimensionais - é salvo. Aparecem novos personagens importantes, uns para ajudar, outros para atrapalhar. Mesmo assim, é um livro longo e chato. É longo porque é chato, e é chato porque é longo. O leitor ficará aborrecido antes de ler um terço do livro. As páginas parecem travar o tempo e o desenrolar da história não flui naturalmente. Tudo parece forçado e fora de lugar. Estarei eu exagerando? Veja alguns dos motivos que me levaram a pensar assim.

1º problema: a falta de iniciativa e ação dos protagonistas e antagonistas.

Os escritores consagrados não cansam de dizer que o sucesso de uma boa história é a ação. Mas a ação praticada pelos protagonistas, afinal, a história gira em torno deles. Nada mais natural que eles é quem roubem o trem ou vão atrás de quem roubou, matem ou busquem vingança porque mataram um amigo, fujam ou persigam, corram ou cansem de correr e enfrentem o psicopata assassino, virem um monstro verde ou queiram destruir o monstro verde, etc e etc e etc. Qual seria a necessidade de um personagem principal que não faz nada, que não ajuda a trama avançar, que deixa a impressão que tudo aconteceria com ou sem ele? Imediatamente me vem à memória o principal defeito da 5ª temporada da série 24 Horas: o protagonista, Jack Bauer, não resolvia nada, só era capturado várias vezes pelos vilões, e sem os velhos amigos das temporadas anteriores, o velho Jack já era. São os personagens secundários que salvam o dia. Em A Luneta Âmbar, Will e Lyra estão tão ruins em seus papéis que não lembram nem de longe as suas atuações anteriores: A Bússola girava em torno de Lyra e A Faca em torno de Will, mas A Luneta passou a girar em volta dos personagens secundários. Não é Will quem salva Lyra. Nenhum dos dois vence os antagonistas - a Autoridade e Metraton -, aliás, o grandes vilões dão menos trabalho que os seus subalternos. Melhor, não dão trabalho algum e mostram ser - assim como os protagonistas - irrelevantes para a trama.

2º problema: personagens ruins ou desnecessários ou ambos.

Começo pelos antagonistas. Seriam personagens que dariam excelentes vilões se não fossem caracterizados como personagens planos e não redondos. Explico, os personagens planos são os atores coadjuvantes, que não precisam de detalhes e somem do mesmo modo como apareceram, puf!, sem que ninguém perceba. Os dois grandes vilões do universo são insuportavelmente fracos e descartados facilmente. Faz-nos pensar como é que alcançaram o posto de dominantes de mundos se caíram tão fácil. A Autoridade, a origem de todo mal mostrado na trilogia, morre de inanição, chorando e gritando como um bebê. É patético. Metraton, o superanjo fodão, líder das forças do mal, é derrotado em uma briga corpo-a-corpo com dois humanos que não tinham poder algum. Os vilões dos livros anteriores, a sra. Coulter e o Lorde Asriel, poderiam render mais, mas são desperdiçados. As intrigas e estratégias feitas por eles não resultam em nada. A mudança em suas personalidades soam falsas devido à rapidez com que são expostas ao leitor.

Ama, a menina que habita páginas e páginas no início do livro, assim que salva Lyra é descartada como se fosse necessária somente ali. Ela foi usada, abusada e jogada fora.

Balthamos e Baruch, os anjos “homossexuais” apaixonados, só sabem lamentar não poderem viver as suas paixões carnais igual a quando eram humanos. Balthamos então chega a dar raiva, por suas covardias e falta de foco.

As criaturas mulefas e tualapi, bem como o universo em que vivem, mostram uma ótima criatividade do escritor (o corpo dos mulefas lembram motos e o dos tualapi barcos à vela), mas deixam a pergunta no ar: “Para que eles servem?” Caberia a mesma resposta se a pergunta fosse sobre o mundo deles, as árvores gigantes, o Pó e o óleo das nozes gigantes: servem só para acrescentar mais páginas inúteis ao livro.

A doutora Mary Malone, do "nosso" universo, assim como Will, em A Faca deixa a impressão que será essencial no desfecho. Mas o que ela faz é extremamente chato. Além de dar uma de antropóloga, vivendo e aprendendo sobre os mulefas, ela sobe nas árvores gigantes e não descobre nada, inventa a tal da luneta âmbar só para ver o pó que todos vêem menos ela, e contar uma histórinha de romance muito ordinária que teve quando era freira que abriu os olhos de Lyra para a vida. A dra. Malone faz muita coisa sem fazer nada. É difícil de acreditar que ações tão pequenas tenham efeitos tão grandiosos quanto o livro quer passar. As críticas inteligentes à igreja que aparecem em A Bússola, que são o grande diferencial da série, viraram argumentos grosseiros e fúteis. Pullman usa Mary para atacar o celibato e o Padre Gomez o fanatismo. Mas o escritor sai do aspecto geral para exemplos particulares, e não consegue criticar o problema, só os personagens.

O Padre Gomez, assassino religioso com a missão divina de matar Lyra, é inverossímil ao extremo. Ele recebe o perdão antecipado pelo assassinato que pretende cometer, mas sente-se mal na possibilidade de ferir Will em algum descuido por ele estar perto de Lyra, para logo em seguida matar sem remorsos um tualapi só para mostrar quem manda no pedaço. A consciência do homem mais parece uma montanha-russa! O seu fim também é fútil, fazendo com que o leitor faça questão de apagar a sua figura da memória como se ele nem mesmo tivesse entrado na história. Eu já apaguei e não notei diferença alguma.

3º problema: cenas inúteis e irrelevantes para a trama.

O objeto que dá o título ao livro é inútil na trama. Enquanto a bússola de Lyra, ou alietômetro, responde a qualquer pergunta que ela faça e a faca de Will de um lado corta qualquer material que exista e do outro abre portais interdimensionais, o que faz a luneta? Ela deixa que dra. Malone veja o Pó. Só isso. Emocionante, não?

As viagens através de várias dimensões feitas por Will e Lyra em A Faca são meios de se atingir um objetivo. Ou eles estão fugindo ou precisam chegar em outro lugar sem serem vistos. Agora eles passam de um universo ao outro em uma velocidade vertiginosa, às vezes apenas para dormir em um lugar calmo. São tantas dimensões que confunde.

Há outras cenas que não acrescentam nada: Will quebrar a faca; o mundo intermediário entre o mundo dos vivos e o dos mortos; a conversa com as Hárpias; a luta na usina de energia; a batalha universal onde nenhum dos personagens principais tem um papel relevante e o final que poderia salvar o livro, mas dá o golpe de misericórdia como sendo um grande fiasco.

4º problema: referências e citações para dar um ar intelectualizado.

As citações e o uso de personagens bíblicos, como Enoque, por exemplo, não ajudam na história e parecem colocadas ali só para que o leitor fique ciente que o escritor leu a Bíblia. Pelo menos, Gênesis. Em seus agradecimentos finais, o escritor revela quais livros o influenciaram na escrita de A Luneta:

"Eu roubei idéias de todos os livros que li em minha vida. (...) há três obras com relação às quais - mais do que todas as outras -, devo reconhecer, tenho dívida de gratidão. Uma é o ensaio Sobre o Teatro de Marionetes, de autoria de Heinrich von Kleist (...) A segunda é Paraíso Perdido de John Milton. A terceira são as obras de William Blake." (pg. 525-6)

Pena que a qualidade de A Luneta Âmbar não chegue nem perto das obras que inspiraram o autor. Parece que ele as usou somente nas citações, que diferente dos outros volumes, aparecem no começo de cada capítulo.

5º problema: nenhum final memorável.

Como o tema central da história é a grande batalha final entre o bem e o mal, muitos personagens ou morrem ou viram purpurina no ar ou não vivem felizes para sempre. Muitos se sacrificam para salvar outros. Mas nenhum final é memorável. Os únicos que morrem deixando saudade são os cavaleiros galivezpianos Tialys e Salmakia, a meu ver os dois melhores personagens da trama. Fica a velha impressão de que A Bússola e A Faca fizeram sucesso e os ediores pressionaram o autor para escrever o final logo, mesmo que fosse mal acabado e bobo. A Faca é inferior à parte anterior como uma fotocópia de um original. E A Luneta é pior, a fotocópia da fotocópia. O gostinho de mistério, o de querer continuar lendo, vai acabando à medida em que as explicações idiotas vão sendo dadas.

A Luneta Âmbar ganhou o Prêmio Whitbread como Livro do Ano, apesar de ser o pior dos três livros da saga. Provavelmente aconteceu o mesmo que com o último livro de As Crônicas de Nárnia de C. S. Lewis, A Última Batalha, que ganhou o Prêmio Carnegie Award de Melhor Livro Infanto-Juvenil do Reino Unido em 1956, apesar de ser o mais fraco dos sete volumes. Talvez seja um costume britânico premiar os últimos volumes de uma série, mais pelo reconhecimento atrasado do conjunto da obra do que pelo valor do volume em si.

Philip Pullman ainda lançou outro livro, Oxford de Lyra, que traz Lyra com 15 anos de idade, 2 anos após o final da trilogia. O livro deve ser evitado pelos que não leram a trilogia por conter spoilers. Segundo o escritor
"A Oxford de Lyra é uma espécie de degrau entre a trilogia e o livro que virá em seguida. Achei que seria divertido acrescentar alguns documentos e miscelâneas do mundo de Lyra, como, por exemplo, um mapa da Oxford que ela conhece, e conforme eu fazia isso, sentia que a história começava a ganhar forma. Do telhado da torre da faculdade de Jordan, Lyra e Pantalaimon vêem uma revoada de pássaros no céu sobre o Jardim Botânico – uma revoada comportando-se de forma muito estranha. Durante a investigação sobre a causa dos pássaros estarem se comportando daquela maneira, Lyra aprende algo sobre si mesma e sobre seu relacionamento com a cidade onde vive; e algo sobre o próprio aprendizado. Mas junto com a história, há fotografias e outras miscelâneas do mundo de Lyra e do nosso, e se você olhar atentamente, poderá achar algumas pistas sobre o curso futuro da história de Lyra" (Fonte: Editora Objetiva).

O "livro que virá em seguida" já tem título, chama-se The Dust Book ("O Livro do Pó").

Se você pretende ler a trilogia Fronteiras do Universo, talvez seja bom ter em mente o pensamento filosófico de que mais vale a jornada e não o destino. Portanto, curta a paisagem, tire fotos nas paradas e pontos turísticos, aproveite o percurso, pois o final não trará nada de interessante.

Leia também:




leitura: Outubro de 2008
obra: A Luneta Âmbar (The Amber Spyglass), Coleção Fronteiras do Universo v. 3, de Philip Pullman
tradução: Ana Lucia Deiró Cardoso
edição: 1ª, Editora Objetiva (2007), 526 pgs
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Comentários

  1. o livro e otimo viu!!!!!!!!!!! eu amei !!!!!!!!!! so faltava essa povoo!!!!!!!lllllllllllleeeeeeeeeeeiammmmmm simmmmmmmmmmmmm viuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!este povinho q gosta di ofende e fodaa põ

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  2. O problema é q fã gosta e ponto final, não precisa de motivos q justifiquem seu gosto, e aquilo q gosta nem precisa ser bom. Afinal, é fã.

    Se um fã ler uma resenha crítica sobre outro ponto de vista q não seja igual ao seu, ficará ofendido com oq os outro disseram, mesmo q não tenha sido nada contra ele, mas apenas uma opinião diferente da sua. Ou será q todos deveríamos pensar iguais?

    Mas o pior é contra-argumentar com 'viu's e 'amei' e 'leiam sim'. A força destes argumentos reforçam a qualidade de leitor q gostou do livro, e o anonimato esvazia qq credibilidade. Afinal, quem tem vergonha de dar a cara a tapa por uma opinião é pq não acredita lá mto no q diz.

    1 abraço

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  3. o livero é muito legal eu amei e se vc travava nas paginas é pq tava com sono isso o livro nao tem culpa escutem leiao sim é muito bom

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  4. livero? leiao? filipe? cara, vai aprender a escrever antes de tentar criticar alguma coisa...

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  5. Cara, não tem nada a ver.
    Esse livro eh de uma complexidade infindável. Pra você q é intelectual, eu recomendo.
    O desfecho é irrefutável, apesar de ser mais cansativo que os outros da série, este livro provou ser mais importante, pos tem o grand finale
    Leiam, e me falem o que acharam

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  6. Olá, pessoal.
    E um oi especial para o Jefferson Luiz Maleski.
    Gostei muito de sua resenha, mesmo não concordando com ela na totalidade.
    Achei interessantes suas colocações sobre a forma de como deveria ser as ações dos personagens para que o livro fosse mais fluente, porém infelizmente, nem sempre as coisas são como nós gostaríamos.
    Sobre os personagens secundários e antagonistas, eu acho muito difícil em uma situação descobrirmos quem são realmente. Você já tentou fazer isso na sua vida diária? Pelo menos eu, às vezes percebo que pessoas que poderiam ser meus maiores inimigos, tornarem-se os heróis do dia.
    Eu fico imaginando se Lorde Asriel e a Sra. Coulter, não seriam na verdade os principais. Pois é só deles que conhecemos toda a história.
    Lembra-se que Star Wars, nos primeiro três filmes filmados, eu tinha certeza que o personagem principal era o Luke, só com a filmagem dos três primeiros filmes em ordem cronológica que deu para saber que a história contada era sobre Anakin.
    Também não sei se você tem esta mesma opinião.
    Em todo caso, não sei se foi perda de tempo, dinheiro jogado fora, ler a Luneta Âmbar, mas posso confessar que gostei.
    Gostei porque me tirou um monte de dúvidas que pairavam sobre minha imaginação de como o autor descreveria os daemons dos seres de nossa dimensão, de como os pais de Lira mudariam de posição em relação à filha, coisas deste tipo.
    Mesmo assim, fico feliz por encontrar alguém que goste de ler estes tipos de livros, e com certeza, assim com disse o Aslan, o Grande Leão de Nárnia, nós nunca saberemos como o livro ficaria se não tivesse sido escrito assim.
    Um forte abraço fraternal.

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  7. ok, karol, vc gostou do livro e eu não. a minha analise foi feita a partir das orientações q costumam ser dadas para escritores iniciantes, bem como comparações com outras obras infanto-juvenis. é, eu costumo ler mtos livros p/ crianças, pois acredito q o escritor precisa ser mto mais cuidadoso e imaginativo dq aquele q escreve para adultos. e se eu não sou o único a dizer q não gostei, então faltou algo no livro. tentei enumerar oq eu consegui ver q faltou. pra mim pullman começou bem mas terminou ruim. pra vc não. quem sabe se vc reler a luneta âmbar daqui a alguns anos, depois de outras leituras, verá o livro diferente, não sei. mas o fato é q até o livro oxford de lyra (publicado após a luneta) tb não me agradou. pra mim o escritor entrou na onda do vender e não do conquistar leitores.

    obrigado pelo comentário e um abraço.

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  8. Acabei de ler o livro essa semana e apesar de ter valido a pena o conjunto da obra, concordei com suas observações.
    Toda aquela força e ação dos primeiros volumes se perde no terceiro, restando apenas a empolgação dos mistérios que esperamos ser revelados...
    Mas...
    Achei que muita coisa ficou mal explicada ou mesmo sem explicação. A história de Will, por exemplo, é totalmente ignorada após seu encontro com o pai. Por que ele matou o homem que invadiu sua casa e o que esse homem estava buscando? Que mistério cercava a doença de sua mãe e como ela estava quando ele retornou? Essa doença poderia ter a ver com o Pó, ou com o pai de Will, e ter se esvaido após as coisas terem se acertado concorda?
    Outra coisa que me decepcionou foi a forma definitiva de Pan. Pela força de Lyra, pensei que ela teria um dimon semelhante ao de se pai (como sugere inclusive a capa do livro, outra coisa que não entendi). Mas Pan passou de um arminho (forma que tomava mais frequentemente) para um furão. Fui pesquisar fotos dos animais e percebi que são praticamente a mesma coisa!
    Outro ponto já citado por você foi a "grande batalha". Desde o primeiro livro gastam-se páginas e mais páginas sobre a fortaleza de Lorde Asriel e como ele estava juntando forças. A batalha em si, porém, é uma mistura de fogo e fumaça, em que os lutadores não têm qualquer destaque e não se define um vencedor de forma clara.
    "A grande missão de Lyra" também ficou um tanto quanto confusa pra mim no final das contas. Todo esse mistério e profecia se deram para que ela se apaixonasse por Will? Se o problema do Pó escoar estava nas janelas abertas, na verdade o grande predestinado da história era Will certo? Mesmo a libertação dos fantasmas se deu principalmente pela Faca, cujo portador era Will. "A tentação" que a Dra. Malone apresentaria a Lyra era uma história de amor? Será que precisava mesmo de todo esse escarcéu e mudança de mundos e mulefas e tudo o mais pra Lyra descobrir o amor? Todo mundo descobre, e garanto que não há mulefas envolvidos.
    Claro que fiquei triste também com a separação abrupta de Lyra e Will. Acredito que todos que lêem o livro torcem muito pelo amor dos dois. Não precisaria ser um final feliz, mas poderia haver pelo menos uma esperança de reencontro de tempos em tempos, como acontece em "Piratas do Caribe".
    Afinal, qual era o poder da Autoridade, enclausurada em uma gaiola de cristal e mais frágil que poeira ao vento? Qual era o mal que Metatron causava à humanidade? Entendi a crítica religiosa, mas acho que ficou mal explicado o que de tão maligno a Montanha Nublada trazia para o mundo, além do Mundo dos Mortos.
    Enfim, sou fã de histórias fantásticas como as desta trilogia, mas fiquei um pouco decepcionada com o desfecho escolhido. O valor de Lyra foi diminuindo no segundo e no terceiro volume, de forma que o grande feito que esperamos que ela faça na verdade não acontece.

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  9. "Gostei muito do livro, mas, eu achei que seria melhor de acordo com minhas expectativas, igual ao Padre que tinha a grande missão divina de matar Lyra, morrer assim, por um anjo que não tinha forças nem para matar um besouro, fora detalhes como esse, gostei sim, do livo"

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  10. natty e anônimo

    obrigado pelos seus comentários. viram q ñ foi só eu q se decepcionou com o final da trilogia? e olha q eu conheço mta gente q sentiu o mesmo gostinho amargo na boca qdo leu. mas acho q a obra vale pelos 2 primeiros volumes q, na minha opinião, continuam mostrando uma idéia bastante original.

    1 abraço

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  11. Eu amei A Faca Sutil, Não cconsegui definir minhas expectativas de A Bussola de Ouro por causa do filme...fiquei com cara de "hã?", já q eu havia amado o filme e quando li o livro tive a total frustração e revolta com aquele maldito filme ¬¬ Quanto em A Luneta Ambar, realmente Will e Lyra não salva mais um dia, desde o ínicio é dito que ela será tentada...mas não é dito que ela vai matar Deus ou algo do tipo, então não me atentei a isso... o que foi decepcionante foi afirmar que a faca poderia matar a Autoridade..e ela passar distante disso. Eu gostei do livro. Curti Balthamos e Baruch sim! não achei Tyalis e Salmakia tão mais relevantes que eles e consegui copreender um sentido nos Mulefas, embora a questão dcos Tualapi atacarem as aldeias tenha ficado em aberto. Mas as ultimas páginas me deixaram frustrada ao extremo! Philip parece deixar o gancho de algo e sabemos que ali é o fim e nada mais será feito...

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  12. Vendo por esse ponto de vista, você tem toda a razão. A meu ver apenas o final não era bom, mas agora revendo toda a historia, aquilo não passa de um final escrito as pressas numa cafeteria famosa. Nunca gostei muito da Lyra, eu sou fã do Pan, daí veio Will no segundo livro e me interessei pelo personagem e no ultimo livro não gostei de ninguem. Detalhe sempre soube que aqueles anjos eram homossexuais, o autor nem tentou disfarçar isso (nada contra). A historia não é la essas coisas, mas pelo menos posso dizer que tenho o livro pra emprestar né.

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  13. Não me surpreende que os dois personagens homoafetivos(pois gay não é somente sexo)sejam caracterizados entre os ''personagens ruins ou desnecessários'';rs.
    A trilogia é maravilhosa,criativa e revolucinária.
    Especialmente a luneta âmbar,uma estória rica e que proporciona diversos insights.
    Quanto aos anjos gays,minhas palmas para o senhor Pullman.
    Que coragem e sensibilidade! a estória de amor entre eles é inspiradora,comovente e pungente.

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  14. sagara

    cada um se aprofunda ou se dói naquilo q gosta. alguns tto q ñ conseguem perceber + nada ao seu redor. se fecham, ficam bitolados.

    por isso vc ñ conseguiu ver além da palavrinha homossexuais qdo critiquei os anjos e ñ percebeu q nem era este o meu foco, antes, q os personagens eram superficiais, mal construídos e irrelevantes para a trama. se os 2 anjos ñ aparecessem no livro, a história seria exatamente a mesma, talvez até melhor.

    e se vc se doeu por eu criticar os 2 homos, tb ñ prestou atenção nos heteros q critiquei, em qtd bem maior?

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  15. Own amigo...não precisa publicar o comentário.
    Eu me doí? isso é irrelevante.
    E porque?porque o que está em discussão não são meus sentimentos.
    Nem os seus.
    Mas a estória em si.
    Claro que percebi que ao criticar os anjos gays o seu foco não era criticar a homossexualidade.
    Porque homossexualidade não tem importancia para ninguém,a não os próprios gays.Talvez por isso não tenha de dado conta que vc não criticou realmente ''heteros'',mas pessoas ''da norma'';de qualquer modo me perdoe a indelicadeza e por favor não precisa aceitar o comentário.Abraços

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  16. eu gostei do livro, eu não achei cansativo achei uma leitura calma e confortável. Gostei dos personagens também. A batalha por lyra, a forja da faca, a ida ao mundo dos mortos- achei muito legal ele ter se inspirado no submundo grego com aquelas harpias medonhas. Não gostei de a sr, coulter ter ficado boa, preferia ela fria e ruim. A morte da autoridade foi sem sal mais o final do livro não foi ruim, o autor deixa para que reflitamos sobre as coisas que ele deixou um pouco em aberto, até pq um livro com MUITAS explicações fica ruim e meio que com a história forçada. E JLM, por favor não ache que vc tem a razão, tudo o que vc criticou é opinião sua e outras pessoas têm tbm suas opiniões. vc se demonstra uma pessoa que não respeita as outras opiniões e acha que esta certo em todos os aspectos quando vc diz que se a garota em um comentário acima ler o livro futuramente mude de opinião. Vc é um bom crítico pois explica o pq de tudo de não ter gostado mais entenda que é opinião SUA ok :]

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  17. gabriel

    acho engraçado vc. escrevo no MEU blog sobre oq EU acho e vc vem com essa ladainha revelando o óbvio? eu tenho tta razão qto vc, mas eqto vc diz ser gosto pessoal, eu procurei analisar do ponto de vista técnico (é, existem técnicas de escrita, caso vc ñ saiba).

    e eu ñ respeito as opiniões de ngm, tto q ñ deixei ngm publicar os seus comentários contra aqui. apaguei todos os q ñ gostaram dq falei. percebeu sua contradição?

    espero q tenha sucesso em suas próximas considerações, e da próxima vez critique o texto e não o escritor. aponte e explique aonde eu errei e ñ só coloque as minhas falas no negativo.

    abraços.

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  18. caramba, acabei de ler o livro e achei esse blog por acaso, mas vale comentar o óbvio, e espero que os que comentaram anteriormente leiam isso. embora talvez doa na alma dos fãs... a bússola de ouro foi um bom livro, a faca sutil superou o primeiro e gerou expectativa pelo fim da trilogia, mas o terceiro, a luneta âmbar, admitam, é muito ruim. e... sinceridade, galera, eu DUVIDO que algum de vocês que "amaram" o livro não ficaram de saco cheio, por exemplo, com a "saga da Mala-one e os mulefas"... que parte arrastada da leitura... você fez uma ótima descrição das "falhas" do livro, JLM. durante o livro parece que o autor se perdeu totalmente na história e começou a escrever o que dava na telha só pra preencher páginas... terminei de teimoso porque tinha gastado dinheiro na compra... bom , acho que serei outro motivo de ódio, mas é só minha opinião.

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