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Mostrando postagens de janeiro, 2009

O último gibi que não li

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Eu iria ao centro da cidade comprar a edição especial do Capitão Submarino. Antes, resolvi passar na casa do Waltinho para irmos juntos, e ele seria o primeiro a me felicitar pela aquisição. Mas a casa dele estava fechada. Fui só. De todo jeito, o Waltinho ficaria sabendo amanhã na escola. Eu estava ansioso porque seria nesta revista em quadrinho limitada que o Capitão enfrentaria sozinho o monstro AQUÁTICO de duas cabeças e oito tentáculos, salvando o reino de Atlântida. Todos os garotos do bairro só falavam da edição especial desde que ela apareceu nas bancas. Eu realmente precisava daquela revista, era uma questão de vida ou morte. Por isso, guardei o dinheiro do lanche de vários dias – ganhava umas mordidas no sanduíche da Isa, mas nem sempre EXTINGUINDO a fome por completo de quem tinha o carinhoso apelido de Jibóia –, além de lavar o carro do pai por dois sábados e capinar todo quintal do seu Antonio. Ralei pra caramba. Mas o prêmio compensava o sacrifício. Lembro da sensação que

O Príncipe Maldito II

Leia também a Parte I . Ágata nasceu cega, nunca viu nada em sua vida além da escuridão. Mas ao crescer, mostrou-se extremamente atenta às coisas ao seu redor. A sua atenção e percepção eram tamanhas, que chegavam assustar a sua mãe e as amas. Ah, Ágata era uma princesa, a filha caçula do rei Leopoldo. Era mais querida talvez por ser a mais cuidada, ou a mais cuidada talvez por ser a mais querida. As suas duas irmãs não eram malvadas para com ela, até porque costumavam compensar a inveja que tinham dos mimos dos pais para com Ágata fazendo coisas que ela não conseguia fazer. Ágata nunca brincava com as outras crianças. Nunca saia para cavalgar. Nunca freqüentava as festas da corte. Nunca flertava com os rapazes. As irmãs julgavam-se mais felizes do que ela, pois não percebiam que alguém que nunca conhecera um certo prazer não poderia ficar triste por não desfrutá-lo. Ágata acostumou-se a viver no castelo tão bem que não precisava de guia para os seus movimentos. Mas Ágata tinha um segr

Coraline, de Neil Gaiman

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Fábula juvenil gótica. Ninguém sabe combinar estas 3 palavras tão bem quanto Neil Gaiman . Em Coraline (e não Caroline, por favor!), ele revela as influências de Alice no País das Maravilhas e Crônicas de Nárnia , mas com o seu toque pessoal de Sandman . Coraline é uma menina que, ao explorar a nova casa velha em que mora descobre uma porta que conduz a outro mundo, onde as pessoas tem botões no lugar de olhos, os animais falam e outras coisas estranhas acontecem. Mas, à medida que Coraline percebe que lá não é tão legal quanto parece, ela (e o leitor) sentem-se cada vez mais como que fugindo dentro de um pesadelo. E você conhece essa sensação, não é? Muitos criticam o livro como sombrio demais para os jovens, mas para quem curtia Jason Voorhees , Freddy Krueger , Michael Myers & companhia (isso na MINHA adolescência, hoje os jovens bocejam com esses caras), um livro infanto-juvenil, mesmo com um certo terror, mas com uma lição no final, é algo importante e que falta atualmente.

Artemis Fowl, de Eoin Colfer

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Ao ler Artemis Fowl, é inevitável não imaginar que, se fosse um filme, seria parecido com... Harry Potter! Não nos aspectos negativos, mas em mostrar uma história que agrada o público infanto-juvenil. Eoin Colfer demonstra querer escrever apenas literatura juvenil passageira. Ele não quer o Nobel, nem imortalidade, muito menos elogios dos críticos. E justamente por focar bem seus objetivos, consegue entreter: cria um núcleo de personagens conhecidos – fadas, trolls, anões – com uma roupagem diferente. Ninguém vai esquecer a versão Colfer de como os anões fazem para cavar túneis, eca! O ritmo e fluidez do livro fazem com que ele possa ser lido em poucas horas, sem esforço algum. É um livro-passatempo. Uma falha: apesar de o autor tentar passar a imagem de anti-herói para o menino gênio, Artemis não faz NADA de ruim no livro todo, pelo contrário. E a tradução peca, ao tentar contemporaneizar gírias inglesas, algumas já se mostrando obsoletas e estranhas, mesmo poucos anos depois da tradu

A marquesa d'O... e outras estórias, de Heinrich Von Kleist

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O alemão Heirich Von Kleist é um gênio da literatura. Em se tratando de tragédias, ele não perde para Sófocles ou Shakespeare. E alguns de seus escritos estão compilados no livro A marquesa d’O... e outras estórias (esgotado!), que traz 5 novelas, 6 estórias curtas e 2 ensaios, que só pela sinopse já revelam a sua genialidade. Michael Kohllhas , uma crítica ao Estado de Direito, conta a história do homem que precisou tornar-se um assassino para que a justiça fosse feita e que, certamente, influenciou Kafka na escrita de O Processo . A escritora Francine Prose indica o conto A Marquesa d’O... como o exemplo ideal de como começar uma história (veja abaixo). O Noivado em São Domingos traz um negro caçador de brancos. Terremoto no Chile mostra como os homens podem ser mais destruidores que a natureza. O estilo de escrita do autor, de longos diálogos no mesmo parágrafo, provavelmente foi imitado por Saramago. Especialista em explorar ao extremo o lado ruim do ser humano, mesmo daqueles

Todas as cidades, a cidade - de Renato Cordeiro Gomes

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Saiu no Amálgama.com.br a minha resenha do livro Todas as Cidades, A Cidade , de Renato Cordeiro Gomes, entitulada A alma da cidade . O primeiro parágrafo do artigo diz: "Você já pensou se as cidades tivessem alma? Sim, uma alma semelhante à que imaginamos nos seres humanos, que mantem a forma de escultura de fumaça invisível assim que desaparece a massa corpórea. Algo que continue através dos tempos mesmo que a cidade não exista mais. Bem, Renato Cordeiro Gomes não só pensou nisso, mas escreveu uma tese interessante sobre como seria esta alma, ou a cidade literária, em seu livro Todas as cidades, a cidade (Rocco, 2008). Para ele, a cidade literária é feita não só de textos, mas também de imagens, esculturas, músicas… enfim, tudo o que se interliga construindo avenidas, prédios, pontes, e outras estruturas formadas de símbolos." Gostou? Então clique aqui e leia o artigo completo.

Alguém para amar

Em uma lanchonete, um homem e um garoto, próximos à janela, esperavam calados o pedido. O olhar distante do menino atravessava a rua e se fixava em um cachorro que insistia em lamber vagarosamente algo no meio das patas traseiras. O homem tentou chamar a atenção mencionando que nas manhãs de domingo poucos costumavam transitar pela rua tão cedo. E perguntou novamente ao menino se realmente não desejava comer nada. O garoto olhou para baixo, tímido. É que não quero ouvir a sua barriga reclamando de fome depois, insistiu. Mas o garoto era teimoso, e insistiu em manter como resposta o cabisbaixo silêncio. Contudo, desviou os olhinhos para a mesa quando a garçonete colocou o xis beicon, ketchup e maionese, o copo de suco de laranja com canudo e dois guardanapos que o homem havia pedido. Ela ouviu um não quando perguntou se desejavam mais alguma coisa e percebeu que o homem parecia deslocado na presença do garoto. Lembrou que algo naquela cena não lhe era estranho. Claro, concluiu, já vira

A arte cavalheiresca do arqueiro zen, de Eugen Herrigel

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Treinar arco e flecha, esgrima, pintura, arranjos florais ou artes marciais não é a mesma coisa para um ocidental e um praticante Zen. Essas atividades são encaradas como um meio para se atingir a sabedoria transcendental, um coração puro, trilhar o caminho do meio ensinado por Buda. O alemão Eugen Herrigel morou seis anos no Japão e, durante este tempo, procurou compreender e vivenciar o Zen através de aulas de arco e flecha com o mestre Kenzo Awa. Porém, não foi fácil, e revelou em A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen as dificuldades que encontrou, a maioria por racionalizar demais sobre coisas que deveriam somente ser sentidas e por impacientemente buscar resultados visíveis. Algo comum a todo ocidental. Mas ele conseguiu, e deixou para a posteridade um excelente manual para que outros, com os mesmos pensamentos iniciais errôneos, também conseguissem alcançar o Zen e compreender o sentido do ensinamento: “ Antes que eu penetrasse no Zen, as montanhas e os rios nada mais eram senão

Dons

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"Deus deu o dom certo para cada um: o da fala às mulheres e aos homens o da falta de atenção. " Jefferson Luiz Maleski

A luz fantástica, de Terry Pratchett

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Dizem que as continuações costumam ser inferiores em qualidade. Mas isso não se aplica a Terry Pratchett, senão a sua série Discworld não teria 35 continuações . Talvez o sucesso se dê pelas suas histórias serem sobre heróis, deuses e magos. Ou talvez porque a maioria dos volumes não precise ser lida em seqüência, conforme explica o The Discworld Reading Order Guide 1.5 (em PDF). A Luz Fantástica (volume 2 da série), é uma das continuações diretas, ou seja, traz o mesmo núcleo de personagens no momento exato em que terminaram no volume anterior. Ricewind, o mago que só sabe um feitiço mas que nunca o invocou por temer o que ele poderia fazer, e seu amigo Duasflor, o turista ingênuo e otimista que vive perdendo a sua Bagagem (uma mistura de mala móvel e cão-de-guarda), desta vez precisam salvar o Mundo do Disco do choque catastrófico com uma estrela vermelha. Como eles vão fazer isso ninguém sabe. Os outros magos, como sempre, por burrice ou ganância, só atrapalham, mas novos amigos –

Meus escritos em 2008

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Em 2007, ano de estréia do Libru Lumen, publiquei 14 textos de minha autoria. É muito, se imaginar que minha pretensão original era escrever somente resenhas de livros. Parece que a pretensão mudou, e acabei aumentando a produção em 2008. Me arrisquei até a fazer traduções! Pode? É, esse mundo tá maluco mesmo, e mais malucos são os que se aventuram a escrever. Malucos que, como li dias atrás, tornam a vida do restante dos viventes mais amena e feliz. Contos O príncipe maldito - Parte I Bodas de Papel (ganhador do Duelo de Escritores especial de 1 ano) A fã (DdE*) Partir ou ficar são dois lados da mesma moeda (DdE) Como matar um bicho-papão: Parte VI: Epílogo Parte V: Final Parte IV: O trauma Parte III: A mãe Parte II: O pai Perseguição Fado: Parte II (em parceria com a Daisy) Parte I (em parceria com a Daisy) Indiana Jones e o Grande Kahuna O anjo da morte Minicontos O meu amor, os meus amores (DdE) A verdade conveniente de cada dia (DdE) Sexo e amor: uma coisa é uma coisa, out

O beijo roubado

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Inspirado pelo tema XADREZ, do Duelo de Escritores . Na cobertura do Edifício Paradises, Edmundo Ortega apreciava, lentamente, milhares de estrelas, o terceiro on the rocks e o final de um charuto. Só lamentava não ser cubano. O charuto, claro. Mesmo assim, tinham um gosto peculiar. Edmundo e o charuto. Ritual particular das recentes noites de sexta-feira, era o refúgio em que encontrava prazer após intragáveis reuniões de negócios, jantares e coquetéis insossos com amigos idem e viagens para lugares onde sempre havia um puxa-sacos, sorrisos falsos e tapinhas nas costas. Mas tais coisas passavam ao longe das noites de sexta-feira. Edmundo gostava de apreciar os prazeres que julgava serem de todo homem normal, os solitários, e sentia como se só naquele exato momento conseguisse lembrar do verdadeiro homem que era, do homem que fora no passado e do homem que gostaria ter sido um dia. Geralmente, levava pouco tempo para as sensações aparecerem. Apesar do negrume do céu pontilhado de infin

A casa das belas adormecidas, de Yasunari Kawabata

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“ Dormir calmamente com uma garota como aquela seria um consolo fugaz para quem persegue os prazeres da vida que já não tem mais ”. Eguchi, um velho de 67 anos, passa a freqüentar a casa que oferece adolescentes virgens sedadas como companhia para “ velhos que deixaram de ser homens ”. São cinco capítulos, cinco visitas e seis diferentes virgens. Cada uma conforta Eguchi de maneira diferente, lembra-o de um passado esquecido, revela um medo premente. Acima de tudo, o olhar profundo sobre a beleza do corpo e alma femininos transforma a história em um hino de louvor às mulheres, sem deixar de lado questões importantes como a solidão, a velhice e a morte. Yasunari Kawabata ganhou o Nobel de Literatura em 1968 e suicidou-se 4 anos depois. Publicado em 1961, o livro inspirou Gabriel García Márquez a escrever Memórias de Minhas Putas Tristes . Tenho de admitir que ambos são muito parecidos e que até eu fiquei inspirado a escrever um conto sobre o tema. leitura: Janeiro de 2009 obra: A casa

O leilão do lote 49, de Thomas Pynchon

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Considerada a obra-prima do norte-americano Thomas Pynchon, o livro apresenta a história de Édipa Maas, nomeada inventariante da herança de um ex-namorado. Pierce Inventarity era praticamente o dono da pequena cidade industrial San Narciso, Califórnia. Édipa, além de encontrar-se com tipos insólitos – um ex-ator mirim que virou advogado, quatro camareiros covers dos Beatles, um diretor de teatro impulsivo, um analista que receita LSD aos pacientes, etc – se depara com a organização secreta chamada Tristero, manentedora de um sistema de correios paralelo, com selos oficiais falsificados e carteiros bêbados. A começo da trama é coeso e interessante, mas vai se perdendo em devaneios alucinógenos até chegar ao ponto em que, no final, não se sabe se o que está sendo narrado é a realidade da trama ou uma ilusão da mente de Édipa. Ela praticamente sai do papel de protagonista e passa a acompanhar tudo junto ao leitor. Os críticos dizem que o autor aplica a teoria da entropia em sua obra, mas

Os 5 melhores livros de 2008

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Dentre as leituras q fiz em 2008 , encontrei livros excelentes, bons, regulares e ruins. E, seguindo a mesma eleição q fiz das leituras de 2007 , resolvi não só eleger o melhor livro q li no ano, mas os 5 melhores. Não são todos lançamentos de 2008, nem os mais vendidos do momento. O meu critério continua sendo aqueles q mais influenciaram o meu pensar e falar e principalmente, o meu escrever. São pérolas q trazem não só boas histórias, mas bons contadores de histórias, onde o mais importante não é O QUÊ se conta, mas COMO se conta. Abaixo segue a lista dos livros q fizeram a minha cabeça em 2008 e q, com certeza, eu levaria para uma ilha deserta. 1º lugar: Os girassóis cegos, Alberto Méndez (2007, Mundo Editorial) - o único livro do escritor espanhol q faleceu em 2004 traz 4 contos q retratam o lado "derrotado" na Guerra Civil Espanhola. Além disso, é uma verdadeira lição de escrita. Leia a resenha . Veja o preço do livro . 2º lugar: Eu receberia as piores notícias dos seu

Compra, venda & troca de livros usados pela net

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Saiu no portal O Pensador Selvagem o meu novo artigo em que faço uma lista dos principais sites brasileiros que prestam serviços utilississímos aos viciados em livros com poucos tostões no bolso. Veja a chamada para o texto: Os internautas estão cada vez mais autoditatas: não há nada q não possa ser questionado em um fórum de discussão ou comunidade no Orkut e nada q um Google ou Wikipédia não respondam. Mas, apesar disso, há alguns sites incrivelmente úteis para os aficcionados pela velha e boa arte da leitura q insistem em ficar escondidos dos q virariam verdadeiros fanáticos religiosos por eles, pelo puro azar do desencontro. Aquela velha fábula do amor da sua vida morar na casa ao lado e vc nunca o ver. Para os amantes da literatura, vou indicar alguns sites onde se pode comprar, vender e trocar livros usados. E, como uma mão deve sempre lavar a outra, se alguém tiver alguma sugestão q não apareça na lista, peço q compartilhe o caminho das pedras.

O Curioso Caso de Benjamin Button (2008)

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Estamos destinados a perder as pessoas que amamos. Qual a outra forma para sabermos quão importantes são para nós? As nossas vidas são definidas pelas oportunidades, mesmo aquelas que perdemos. Às vezes estamos em rota de colisão e apenas não sabemos. Seja por acidente ou por destino, não há mais nada que possamos fazer. Pelo que vale, nunca é tarde demais, seja aquilo que quiser ser. Não há limite de tempo, pode começar quando quiser. Pode mudar ou ficar na mesma. Não há regras para isso. Pode escolher o melhor, ou o pior da vida. Espero que escolha o melhor da vida. Espero que veja coisas que a surpreendam. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes. Espero que conheça pessoas com diferentes pontos de vista e espero que viva uma vida da qual se orgulhe. E se pensar que é capaz, espero que tenha a força para começar de novo.

Pep Talk 2008: Kelley Armstrong

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Introdução O QG do NaNoWrimo presenteou os participantes em 2008 com 9 mensagens de escritores consagrados, os famosos Pep Talks ("conversas estimulantes" ou orientações da equipe de apoio para que um concorrente se saia bem na disputa), com dicas para vencer obstáculos na escrita, abusando da criatividade e profissionalismo para levantar o astral dos aspirantes a escritor. O ebook com os Pep Talks de seis anos anteriores - 80 páginas em PDF - é vendido no site do NaNoWrimo mas, como participei (e venci) este ano, vou traduzir e postar todas que recebi. Os posts serão em dezembro, nos mesmos dias em que foram enviadas por email, originalmente, em novembro. Como não sou tradutor profissional, apesar da boa intenção e esmero, podem aparecer erros e agradeço a quem sugerir correções. A ordem dos Pep Talks será: Jonathan Stroud (dia 5) Philip Pullman (dia 7) Katherine Paterson (dia 12) Meg Cabot (dia 14) Janet Fitch (dia 20) Gayle Brandeis (dia 22) Nancy Etchemendy

Minhas leituras de 2008

Minha cota de livros lidos aumentou 2 de 2007 para 2008. Ohhhh, que grandioso progresso, talvez vc pense. Bem, para quem não tem a vida ganha e precisa trabalhar e estudar, acrescentar 2 pratos no malabare literário que já tem 48 é uma façanha. Se bem q passei uns períodos meio vidrado em séries e filmes na internet - e q tomam um tempo danado - q depois percebi não serem tão bons assim e q eu poderia ter aproveitado melhor lendo um livro. Geralmente é nas férias de meio e fim de ano q a média cai, talvez por causa das viagens, festas e visitas de fora. Uma amiga comentou q deve ser chato ler só para atingir uma cota. Concordo plenamente. Acontece q eu não leio SÓ para atingir cotas. No meu caso é o contrário, eu estabeleço cotas pq adoro ler, e se não tiver algum incentivo, um empurrãozinho, um puxão de orelha, o ano passa e vou me achar tendo lido apenas 5 livros. Aí sim, minha consciência vai pesar, e vou ficar pensando "pq vc não fixou um objetivo de ler ao menos um livro p