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Mostrando postagens de abril, 2007

Diversidades

1. A resenha de A Arte de Viver , de Epicteto - escrita em 2006, antes de criar o blog - me levou a ganhar em 27/04 meu 6º livro do Projeto Leia Livro (o link leva à resenha). Como prêmio, escolhi a reedição de O Desastronauta (Editora Agir), escrito por Flávio Moreira da Costa, já que era o livro mais fresquinho na prateleira do site. Só espero que ninguém tenha escolhido ele antes de mim. ***** 2. A resenha de A Torre Negra vol. I - O Pistoleiro , de Stephen King, faz parte da primeiríssima edição da NOVA - E-zine de Ficção Científica e Fantástico , uma - realmente nova - fanzine (fantastic magazine) da galera bastante criativa lá de Portugal, que pretende abordar um pouco de tudo na literatura de fantasia. Quem quiser ler fanzine em formato pdf basta clicar aqui . Quem não tiver o plugin do Adobe Reader instalado (para ler arquivos pdf), basta clicar aqui . Tanto a fanzine quanto o plugin são gratuitos. ***** 3. Estou concorrendo ao II Prêmio Off Flip de Literatura 2007 , de P

Os Sete contra Tebas, de Ésquilo

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[ atualizado em 19/08/2008 ] Os Sete contra Tebas traz a seqüência das tragédias ocorridas na família amaldiçoada de Édipo relatando os preparativos feitos por Etéocles , rei usurpador do trono de Tebas, contra o ataque do exército de seu irmão, Polinice . Ambos são filhos de Édipo e Jocasta e irmãos de Antígona . Dentre todos os livros que narram a saga edipana, a melhor seqüência cronológica para a leitura é esta: 1º - Édipo Rei (escrito em 430 a.C.), de Sófocles; 2º - Édipo em Colono (401 a.C.), de Sófocles; 3º - Os Sete contra Tebas (467 a.C.), de Ésquilo; 4º - As Fenícias (411 a.C.), de Eurípedes; 5º - Antígona (442 a.C.), de Sófocles; Dizem que Ésquilo foi o pai da tragédia grega. Por ter sido soldado em várias batalhas, muitas de suas peças possuem uma veia militar. A lenda diz que morreu quando uma águia deixou cair uma tartaruga em sua cabeça careca, pensando que fosse uma pedra. Um fim trágico para quem escrevia tragédias. Das cerca de 90 peças teatrais que escreveu

Édipo em Colono, de Sófocles

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[ atualizado em 19/08/2008 ] Apesar de ser a última tragédia escritas por Sófocles, a história de Édipo em Colono (401 a.C.) se passa entre as narradas em Édipo Rei e Antígona . Das três é possível ser a que mais surpreenderá o leitor, pois a história dos outros livros já são parcialmente conhecidos enquanto esta trama será inédita. A sensação é a mesma de quando se assiste um filme fora da seqüência, e passa a entender detalhes de muitos eventos ocorridos depois, neste caso, Antígona . A percepção da relação entre Antígona e Creonte é melhorada, bem como entre Antígona e o irmão Polinice. Os três são personagens centrais de Antígona . Aqui se dá uma razão a mais para os sentimentos envolvidos nas ações que levam ao fim trágico de Antígona. Édipo em Colono relata os últimos dias da vida de Édipo, velho, cego, mendigo e expatriado. Expulso de Tebas, sem o auxílio de seus dois filhos homens, que se interessam mais pelo trono do que pelo pai, o errante Édipo chega em Colono, território

Antígona, de Sófocles

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[ atualizado em 22/10/2008 ] Antígona , tragédia escrita pelo dramaturgo grego Sófocles, mostra como duas opiniões opostas podem ser corretas dependendo do ângulo analisado. Esta obra é uma das seqüências de Édipo Rei e mostra o fim trágico dos descendentes amaldiçoados e incestuosos de Édipo e Jocasta. Os dois filhos homens de Édipo, Etéocles e Polinice, morrem em batalha no mesmo dia. Um mata o outro. Um defendendo e outro atacando a cidade de Tebas, que passa a ser governada pelo cunhado de Édipo, Creonte. Creonte manda enterrar honrosamente Etéocles, e determina como a primeira lei de seu governo que Polinice não seja nem velado nem sepultado, por ser um traidor de sua terra natal, e quem descumprisse tal lei pagaria com a vida. Antígona, irmã dos falecidos, descumpre a lei e presta as honrarias fúnebres ao morto. Com este gesto é condenada à morte. Creonte pode ser considerado por muitos como o tirano na história, mas ele fez o que qualquer governante em seu lugar faria. El

Édipo Rei, de Sófocles

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[ atualizado em 20/08/2008 ] Esta é, sem dúvidas, uma das melhores tragédias já escritas pelo homem. O grego Sófocles (495-406 a.C.) sabia como se expressar e provocar sentimentos no leitor levando-o a refletir sobre questões universais. Ele escreveu 123 obras, mas somente 8 chegaram aos nossos dias: Os Sabujos , Ajax , Antígona , As Traquínias , Édipo Rei , Electra , Filoctetes e Édipo em Colono . Sófocles é considerado o sucessor de Ésquilo e o último dramaturgo do período áureo de Atenas. As suas obras foram escritas em forma de peças teatrais. As sequências de Édipo Rei são Antígona e Édipo em Colono , comentadas posteriormente. Já as versões alternativas da história são Os Sete Contra Tebas (Ésquilo) e As Fenícias (Eurípedes). O mito do filho amaldiçoado pelo destino a matar o pai e a se casar com a mãe foi citado desde Aristóteles, Foucauld até os mais diversos pensadores, clássicos ou contemporâneos. É uma das histórias mais conhecidas graças ao seu uso pela psicanálise de

Atlantis, de David Gibbins

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O que torna um livro ruim? Será o excesso de detalhes técnicos? Ou as situações difíceis de acreditar? Ou o herói que sabe fazer de tudo e que nunca acaba mal? Se o livro for um best-seller, com o objetivo principal de vender muito, isso o torna ruim? Não são os detalhes técnicos em demasia que deixam o livro ruim, pois em Os Trabalhadores do Mar , Victor Hugo os usa à exaustão, e a história é boa. Os detalhes demonstram tanto a personalidade guerreira do herói quanto a sua árdua luta no mar. No final, torcemos para que o herói supere tudo aquilo que - detalhadamente - atrapalhou a sua viagem. Tampouco são as situações inverossímeis que depreciam o livro. Se fosse assim, Cem Anos de Solidão , de Gabriel García Márquez estaria fadado ao fracasso. Mas a história é maravilhosa. Neste caso, viajamos através das situações fantásticas e nos imaginamos vivendo-as. Em nenhum momento no desenrolar da trama dizemos "Peraí, isso é um pouco demais" ou "Não concordo com nada diss

Frases VIII

Honestidade não é sinônimo de verdade. (Martin Scorcese, cineasta, no filme Os Infiltrados)

O tio Philomeno

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O tio Philomeno era o rei da festa. Com o seu jeito bonachão, quase nem era lembrado nos dias comuns. Mas quando a família se reunia, não havia como não prestar atenção naquela barriga enorme, na cara redonda e vermelha, nas brincadeiras pueris com crianças e adultos. No início, enquanto todos ainda chegavam meio tímidos, lá estava ele correndo atrás da gurizada, que fugia aterrorizada. Ao final, era a gurizada que não desgrudava dele de jeito nenhum, num festival de bracinhos agarrados às suas pernas e de choros sentidos. O tio Philomeno era companheiro inseparável de um canecão de vinho tinto sangue-de-boi, que corava rápido as suas bochechas polonesas. Quando a bebida e os parentes o incentivavam, cantava músicas de seus antepassados que só ele lembrava ou entendia. Durante as partidas de bocha, parece que não se importava muito em ganhar, mas em divertir a todos. Até hoje comenta-se sobre o dia em que ele se foi, engasgado com um pedaço de churrasco, aparecendo no quintal pulando e

Os 300 de Esparta, de Frank Miller

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Se você assistiu ou não ao filme 300 , aquele em que o ator brasileiro Rodrigo Santoro faz o papel do rei Xerxes, deve ter notado a diferença na manipulação das luzes, sombras e cenários em comparação aos outros filmes. Isto aconteceu porque o filme foi baseado em uma História em Quadrinhos (HQ), escrita e desenhada pelo lendário Frank Miller. A HQ é uma verdadeira obra de arte. Os apreciadores de HQ's para adultos (que apresentam violência, sexo, palavrões etc.) não podem deixar de ler e comparar à versão cinematográfica. Eu mesmo me surpreendi com tamanha semelhança entre ambos. Poucas passagens foram retiradas, acrescentadas ou tiveram as sequências modificadas, o que torna a HQ praticamente um roteiro pronto. As poucas diferenças são irrelevantes para a trama. Aliás, se a maioria das HQ's adultas fossem tão bem utilizadas pelo cinema, provavelmente teríamos alguns bons filmes por aí. Se depender do sucesso que o filme está fazendo, podemos esperar mais adaptações neste mesm

Contos de Encantos, Seduções e Outros Quebrantos, de Rogério Andrade Barbosa

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Conforme define a Wikipédia , folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração. Cada povo possui as suas próprias tradições e mitos, e muitos destes originam-se de outras culturas. O Brasil, por ser um país que abarcou diversas etnias em sua colonização e desenvolvimento, obteve um grande número de crendices, originárias dos mais diversos países. É justamente sobre estas crendices, mais especificamente as que envolvem fantasmas, aparições, lobisomens, botos, portas de cemitérios, matintapereras etc., que trata o livro Contos de Encantos, Seduções e Outros Quebrantos , de Rogério Andrade Barbosa. Este é outro livro que ganhei no Projeto Leia Livro . Escolhi ele pois sempre tive curiosidade em conhecer um pouco mais as lendas do folclore brasileiro. Os contos mostram a maioria dos mitos (senão todos) existentes de norte à sul do país. Mostra que o escritor além de