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Mostrando postagens de março, 2010

Quem matou Lula da Silva?

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SINOPSE Mistério. Suspense. Intrigas. Um candidato à Presidente da República é assassinado às vésperas das eleições. Mesmo assim, ele ganha as eleições... Ou não será ele? Ubaldo César Balthazar envolve o leitor a cada página desse romance policial moderno e brasileiríssimo, tecido com inteligência e refinado humor! "Até hoje, muita gente (de esquerda, principalmente) não perdoa o atual Presidente brasileiro pela transformação sofrida. Daí que uma explicação possível tenha sido uma troca por um sósia fisicamente perfeito, mas de ideologia nem tão igual. Por isso, meus agradecimentos ao Presidente Lula, pela ideia..." (Ubaldo César Balthazar) DADOS TÉCNICOS Autor: Ubaldo César Balthazar Editora: Cia dos Livros ISBN: 8563163043 Acabamento: Brochura Edição: 1ª Ano Publicação: 2010 Páginas: 132 Encontre os melhores preços do livro no

A evolução do vocabulário

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Antigamente: creme rinse Atualmente: condicionador Antigamente: obrigado! Atualmente: valeu! Antigamente: é complicado Atualmente: é foda Antigamente: collant Atualmente: body Antigamente: rouge Atualmente: blush Antigamente: corôa Atualmente: véio Antigamente: bailinho no salão de corte-e-costura Atualmente: balada Antigamente: japona Atualmente: jaqueta Antigamente: bastidores de gravação Atualmente: making off Antigamente: cafona Atualmente: brega Antigamente: programa de entrevistas Atualmente: talk-show Antigamente: reclame Atualmente: propaganda Antigamente: calça cocota Atualmente: calça cintura baixa Antigamente: flertar, paquerar Atualmente: dar mole Antigamente: olá, como vai? Atualmente: e aê? Antigamente: imitação Atualmente: genérico Antigamente: curtir Atualmente: causar Antigamente: mamãe posso ir? Atualmente: véiaaaa, fui!!! Antigamente: legal, bacana Atualmente: manêro, irado Antigamente: mulher de vida fácil Atualmente: garota de programa Antigamente: legal o negócio

Rapidinha do dia nº 11

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INTERNET.COM.VC A relação de Jorge com a esposa já não era a mesma. Não existia mais tesão, somente uma conveniente e monótona coabitação. Anos e anos de futebol na tevê e dores de cabeça na cama transformaram em picolé de nata aquela outrora ardente paixão. Até que ela surgiu na vida de Jorge, a internet. O que inicialmente consistira em desvirginar CDs com músicas pauleira baixadas passou rapidamente para curiosidade moderada, chegando por fim ao vício descontrolado quando soube da comunidade virtual. Lá ele poderia assumir outra identidade, ser quem ele nunca fora na vida real e até casar-se de novo. Ele experimentou a novidade e a novidade o experimentou. Jorge ficou completamente arrebatado. Se autojustificava que não era traição ter outra esposa, virtual, já que ele também não se considerava o mesmo Jorge virtual. Tudo parecia ir bem, até que a relação com a esposa virtual passou a não ser mais a mesma. Não existia tesão, somente uma conveniente e monótona coabitação...

O pior cego é o que não quer duvidar - Final

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Havia uma música que tocava ao longe. Era um parque, e nele uma garotinha brincava no escorregador. A música saía da boca dela, sempre em repetições. Quando ela subia os degraus do brinquedo e se sentava, olhava diretamente para ele. Então, a música recomeçava. Era uma melodia infantil, mas que o incomodava a ponto dele querer chorar. Dava também um aperto no peito estar ali presenciando aquela cena. Algo no rosto da menina o amedrontava. Sérgio acordou com água jogada em seu rosto. Junto com a consciência repentina, dor extrema, para lembrá-lo do que passara durante as últimas horas. Vomitou. Como não era a primeira vez, não havia mais nada a expelir a não ser um líquido ralo e azedo. Seu corpo todo doía, parecia ter sido atropelado. Olhou para a queimadura no braço direito que se estendia desde a palma da mão até depois do cotovelo. Latejava. Mas o machucado era que menos lhe importava naquele momento. Estava preocupado com o olhar daquele rosto asqueroso e vil à sua frente. Porém, a

TEMA: A Metamorfose de Kafka

Parece que o blogue Duelo de Escritores voltou com a corda toda, depois da renovação de alguns competidores, uso de um domínio próprio ao invés do blogspot e das férias de fim/começo de ano. E como a proposta de escrita da semana me interessou, resolvi ressucitar e escrever o meu exercício também. Seguem as regras da brincadeira: Um dos começos mais icônicos da literatura universal é a abertura da obra A Metamorfose, de Franz Kafka. Para quem ainda não leu (sacrilégio!), a história narra a desventura do “caixeiro viajante Gregor Samsa, que acorda um dia transformado em um inseto e, subitamente, deixa de ser o arrimo da família para se tornar um problema cada vez mais incontornável para seus pais e irmã”. (das palavras de Adriano Schwartz, editor-adjunto do Mais!) Segue a abertura, da tradução de Marcelo Backes: “Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso”. Um tempo atrás, a Folha propôs um exercício inte

Rapidinha do dia nº 10

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A METADE DA LARANJA - Amor, antes de te conhecer eu achava que todos os homens grandes tinham pinto pequeno. - E agora? - Agora eu tenho certeza! - ela arrematou, entre gargalhadas. - Pois não é o que as suas amigas me dizem - agora quem gargalha é ele. - É por isso que eu te adoro, amor, você é tão mentiroso quanto eu. - E quem disse que eu estou mentindo? - Nem eu estou. - Te amo! - Eu também.

O pior cego é o que não quer duvidar - Parte II

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Mais parecia uma casa-fantasma. Não porque fosse amaldiçoada ou qualquer coisa do tipo, mas porque fazia-se naturalmente invisível para a maioria dos que transitavam a sua frente. A pintura velha, descascada – que lembrava ter sido, algum dia, parente distante de uma tonalidade mais vibrante – junto com as inúmeras manchas de infiltrações hidráulicas e os emaranhados de cabos e fios descascados e obsoletos, fariam qualquer ladrão de inteligência mediana riscá-la de seu itinerário de trabalho. Apesar de ser uma das da série de conjugados formados e reformados desde a década de 60, servia perfeitamente em sua função de casa: fornecer abrigo contra as intempéries e calor ou frescor, dependendo da ocasião. Mas também era um reflexo da personalidade de seu morador, mesmo que ele não se apercebesse disso. Contudo, naquele momento, somente uma peculiaridade sobre a moradora do número 34 da Travessa General Joaquim Inácio, Vila Esperança, era óbvia demais para não ser notada pelo homem parado

Frases de Oscar Wilde

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Antigamente, livros eram escritos por homens de letras e lidos pelo público. Hoje em dia, livros são escritos pelo público e lidos por ninguém. Não existem livros morais ou imorais. Os livros são bem ou mal escritos. É o que você lê quando não tem que fazê-lo, que determinará o que você vai ser quando não puder evitar. A literatura antecipa sempre a vida. Não a copia, amolda-a aos seus desígnios. Instrução é uma coisa admirável, mas deve bem recordar frequentemente que nada que vale a pena saber pode ser ensinado. A diferença entre a literatura e o jornalismo é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida. Entre duas pessoas de nível cultural diferente, o único tipo de diálogo que poderá existir será a nível mais baixo. A única coisa a fazer com os bons conselhos é passá-los a outros; pois nunca têm utilidade para nós próprios. Estamos todos na sarjeta. A diferença é que alguns de nós conseguem ver as estrelas. Sou contra os noivados muito prolongados. Dão tempo às pessoas par

Caminho comum

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A religião é um dos inúmeros modos de se alcançar o divino, só que com as asas da espontaneidade amarradas. (Jefferson Luiz Maleski)

Moradores de Nova York abandonam livros velhos

Fonte: Jornal Nacional

O que ler dos 2 aos 18 anos

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O Projeto Educar para Crescer , da Editora Abril, elaborou uma lista de Livros para uma Vida , ouvindo o que dezoito educadores consideram obras essenciais para serem lidas desde a infância até a juventude. É uma sugestão de 204 livros, sendo um por mês, para inculcar nos mais novos o gosto pela leitura desde cedo. Se você é pai, ou se tem menos de dezoito anos, vale a pena dar uma olhada na seleção. Ou, mesmo que já tenha passado do ponto, como eu, compensa dar uma olhadela naquilo que você deveria ter lido, porque ainda dá tempo de correr atrás do prejuízo. Cada ano da vida do jovem é dividido em meses, nos quais aparece a sugestão e uma breve sinopse dela. Clique na imagem abaixo para ir direto para a página da pesquisa. Ah, em cada ano aparece (se você clicar) uma explicação concisa sobre quem escolheu os livros e o que motivou os educadores a tais escolhas.

O pior cego é o que não quer duvidar

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Os raios de sol de fim de tarde formavam desenhos caleidoscópicos no chão da praça quando filtrados por entre as folhas das árvores. Ainda não havia começado a escurecer, mas não tardaria muito. O movimento corriqueiro pós expediente já cessara, com as domésticas partindo no sentido periferia nos mesmos ônibus que despejavam as secretárias vindas do centro da cidade. Na praça, poucos transeuntes. Apenas uma moça encontrava-se sentada, imóvel, em um banco de madeira admirando a calmaria. Os seus óculos escuros destoantes com a baixa luminosidade local e uma quase imperceptível bengala encostada ao seu lado não foram notados pela maioria dos que ali passaram. Mas foram por um rapaz que, parado na frente dela, a uma distância segura, percebeu as peculiaridades da moça e não acreditou à primeira vista na sua sorte. Disfarçadamente, olhou para um lado, depois para o outro, espreitando se alguém mais prestava atenção, enquanto vários pensamentos atropelavam-se na sua cabeça, cada um queren