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O primeiro dia depois do fim do mundo

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Viu-se subindo uma pastagem e, ao sentir o vento em sua barba, imaginou ser um viking. Sorriu de leve com o pensamento e para coroá-lo soltou um grito, bárbaro, másculo, insano. Ao longe, ouviu o barulho de cães brigando por algo, provavelmente uma carcaça. Mudou de rumo caminhando para o outro lado, não vira nenhum corpo há dois dias e não desejava zerar a contagem. Ao chegar no alto do morro, avistou uma fazenda, com casa, curral e paiol. Agachou-se, arrancou uma haste de capim e a colocou na boca, mastigando enquanto observava enquanto pensava. Isto apaziguava o seu medo de prosseguir. Pensava ser o homem mais sortudo da Terra, por ser o único sobrevivente, ou o homem mais azarado da Terra, por ser o único sobrevivente. Não sabia o que temia mais encontrar: um morto, um vivo ou um morto-vivo. Se bem que só havia encontrado do primeiro tipo há semanas. Depois de um tempo, como nada se movera, ele resolveu se mover em direção à sede. A necessidade o forçava, precisava reabastecer