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Mostrando postagens de maio, 2008

Mude, de Edson Marques

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Mude Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade. Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos. Veja o mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama. Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais, leia outros livros, Viva outros romances! Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comida

Criminal Minds - 3ª temporada (2007-2008)

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3x20 SEASON FINALE - Lo-Fi Voltaire disse, "O homem que experimenta êxtases e visões, que confunde sonho com realidade, é um entusiasta. O homem que alimenta sua loucura com assassinato é um fanático." 3x19 Tabula Rasa "Todas as mudanças, mesmo aquelas pelas quais ansiamos, têm sua melancolia. O que deixamos para trás é uma parte de nós mesmos. Precisamos morrer em uma vida antes de entrarmos em outra." Anatole France "O que de esplendor outrora tão brilhante agora seja tomado de minha vista para sempre. Apesar que nada pode trazer de volta a hora de esplendor na grama, de glória numa flor, não nos afligiremos. Encontraremos forças no que ficou para trás." Wordsworth 3x18 The Crossing O autor Christian Nestell Bovee escreveu, "Nenhum homem é feliz sem uma desilusão de algum tipo. Desilusões são tão necessárias para nossa felicidade quanto as realidades." Felicidade é fácil de fingir quando tem apenas um milésimo de segundo. Susan B.

As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis

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Percebi que alguns sites sobre escrita não garantem que as resenhas postadas neles fiquem por muito tempo à disposição dos leitores. Então, como não publiquei algumas resenhas aqui inicialmente, resolvi postá-las novamente para assegurar a sua exibição. Apesar de serem resenhas de janeiro de 2007, são de livros que valem a pena ser lidos. As Crônicas de Nárnia , do britânico C. S. Lewis foi o primeiro livro que resenhei na internet. Espero que eu tenha melhorado um tiquinho na escrita de lá para cá e quem notar isso por favor me avise. As Crônicas compõe-se de sete histórias diferentes que tem como base a terra de Nárnia. Você pode comprar os livros separadamente ou lê-los reunidos em um único volume. 1. O Sobrinho do Mago 2. O Leão, a Feiticieira e o Guarda-Roupa 3. O Cavalo e seu Menino 4. O Príncipe Caspian 5. A Viagem do Peregrino da Alvorada 6. A Cadeira de Prata 7. A Última Batalha

O Sobrinho do Mago, de C. S. Lewis

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1. O Sobrinho do Mago (The Magician's Nephew) Publicado em 1955. Ano na Inglaterra: 1900 Ano em Nárnia: 1 Digory e Polly descobrem uma passagem secreta que interliga suas casas e, enganados pelo tio André, viajam para o Reino de Charn, onde acordam a malvada rainha Jadis. Em uma nova viagem, eles testemunham a criação do mundo de Nárnia, através da canção do Grande Leão, Aslam. Apesar de não ser o primeiro livro publicado da série As Crônicas de Nárnia (é o sexto), O Sobrinho do Mago é sugerido atualmente como o primeiro para a ordem de leitura, justamente por narrar a criação do mundo de Nárnia. As comparações com o Gênesis bíblico não são mera coincidência, pois C. S. Lewis, um notável defensor das idéias cristãs, usou intencionalmente várias passagens e figuras da Bíblia na composição de suas fábulas. A história acontece durante o ano de 1900, na Inglaterra, onde duas crianças, Digory Kirke e Polly Plummer, vizinhos em uma fileira de casas conjugadas, descobrem que o sótão de su

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, de C. S. Lewis

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2. O Leão, a Feiticieira e o Guarda-Roupa (The Lion, the Witch and the Wardrobe) Publicado em 1950. Ano na Inglaterra: 1940 Ano em Nárnia: 1000 Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia descobrem uma passagem para Nárnia dentro de um velho guarda-roupa. Lá, eles se unem ao leão Aslam e outros seres mágicos na luta contra a Feiticeira Branca para livrar Nárnia do inverno sem fim. O primeiro livro a ser publicado e uma espécie de ponto centralizador das sete histórias que compõe a série As Crônicas de Nárnia, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950) relata as aventuras ocorridas em 1940 na Inglaterra, 40 anos após o que seria o início da saga descrita em O Sobrinho do Mago (1955). Em Nárnia já haveriam se passado mil anos, modificando, portanto, a maioria dos personagens da aventura anterior, com exceção do leão Aslam e da rainha Jadis, agora conhecida como Feiticeira Branca. A diferenciação do tempo entre os dois universos é muito utilizada por Lewis, deste modo, os mesmos personagens voltam a

O Cavalo e seu Menino, de C. S. Lewis

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3. O Cavalo e seu Menino (The Horse and His Boy) Publicado em 1954. Ano na Inglaterra: 1940 Ano em Nárnia: 1014 Shasta escapa do país da Calormânia com um cavalo branco de Nárnia, Bri. Junto com Aravis e a égua dela, Huin, eles descobrem um plano dos calormanos para conquistar Nárnia e passam por muitas aventuras para avisar aos seus amigos narnianos do ataque. Publicado em 1954, é o terceiro livro na ordem cronológica da série As Crônicas de Nárnia. Conta uma aventura ocorrida quando os irmãos Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia - as crianças que aparecem em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa - reinam há vários anos em Nárnia. Mas os quatro irmãos Pervensie não são os personagens principais em O Cavalo e seu Menino, pois aparecem somente como auxiliares no enredo e para se possa situar o conto no tempo de Nárnia. A história conta como o jovem escravo Shasta, junto com o cavalo narniano Bri, fogem da Calormânia, país vizinho e rival de Nárnia, em uma viagem para livrá-los da condição de

O Príncipe Caspian, de C. S. Lewis

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4. O Príncipe Caspian (Prince Caspian) Publicado em 1951. Ano na Inglaterra: 1941 Ano em Nárnia: 2303 Surgem tempos problemáticos e Nárnia é assolada pela guerra civil. O príncipe Caspian é forçado a soprar o Grande Chifre em busca de auxílio, e os grandes heróis do passado Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia vêm em seu socorro. Juntos, eles precisam vencer o rei Miraz e trazer a paz novamente à Nárnia. O Príncipe Caspian é o segundo livro dos sete escritos por C. S. Lewis que compõem a série infanto-juvenil As Crônicas de Nárnia. Publicado em 1951, é sugerido como o quarto na ordem cronológica de leitura das histórias. Mais de mil anos se passam em Nárnia após as aventuras de Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia narradas em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, mas para as crianças na Inglaterra se passou apenas um ano. Nárnia (país) fora conquistada por piratas conhecidos como telmarinos, que foram parar em Nárnia (mundo) através de uma passagem secreta dentro de uma caverna localizada em uma

A Viagem do Peregrino da Alvorada, de C. S. Lewis

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5. A Viagem do Peregrino da Alvorada (The Voyage of the Dawn Treader) Publicado em 1952. Ano na Inglaterra: 1942 Ano em Nárnia: 2306 Lúcia, Edmundo e seu primo Eustáquio são transportados para o navio Peregrino da Alvorada , onde o rei Caspian X está a procura de sete amigos desaparecidos de seu pai nas Ilhas Solitárias. Durante a viagem, as crianças passam por muitas aventuras fantásticas. Quinto livro sugerido na ordem de leitura da série As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, A Viagem do Peregrino da Alvorada foi publicado originalmente na Inglaterra em 1952. Narra as aventuras de Lúcia e Edmundo Pevensie (personagens de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa), e de Eustáquio Mísero, primo deles, quando entram em uma pintura e são transportados novamente para Nárnia, indo parar no convés do Peregrino da Alvorada, navio do rei Caspian X (do livro O Príncipe Caspian). Caspian, após estabelecer a paz em Nárnia e assumir o trono como rei Caspian X, parte em uma viagem para encontrar os s

A Cadeira de Prata, de C. S. Lewis

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6. A Cadeira de Prata (The Silver Chair) Publicado em 1953. Ano na Inglaterra: 1942 Ano em Nárnia: 2356 O filho amado do rei Caspian, o príncipe Rilian, está desaparecido. O leão Aslam convoca Eustáquio e sua amiga Jill para procurarem pelo príncipe e lutarem contra uma nova feiticeira que apareceu em Nárnia. Nessa busca, eles passam pela terra dos gigantes e por um mundo subterrâneo. A Cadeira de Prata é o quarto livro (publicado em 1953) da mundialmente famosa série infanto-juvenil As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, mas aparece em sexto na ordem cronológica de leitura das sete histórias. Eustáquio Mísero (que aparece em A Viagem do Peregrino da Alvorada), junto com sua colega de escola Jill Pole, são transportados através de um portão nos fundos de seu colégio para o mundo de Nárnia. Eles precisam encontrar o príncipe Rilian, filho do rei Caspian X (de O Príncipe Caspian e A Viagem do Peregrino da Alvorada), que está desaparecido a alguns anos. O leão Aslam os auxilia fornecendo

A Última Batalha, de C. S. Lewis

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7. A Última Batalha (The Last Battle) Publicado em 1956. Ano na Inglaterra: 1949 Ano em Nárnia: 2555 Um falso Aslam surge em Nárnia, mandando a todos trabalharem como escravos para os cruéis calormanos. Conseguirão Eustáquio e Jil encontrar o verdadeiro Aslam e restaurar a paz em Nárnia? Presencie uma das maiores batalhas jamais escritas entre o bem e o mal. Nem todos os fãs ficam satisfeitos com o último capítulo de uma saga. Foi assim com a trilogia Matrix, onde muitos classificaram o primeiro filme como um obra-prima do cinema moderno e o último como uma salada incompreensível de idéias. Tais pessoas preferem pensamentos ruminados a conceitos mais profundos. Mas como toda história que começa tem de chegar a um fim, e levando em conta que é impossível agradar a todos, deve-se buscar a idéia que o autor quis transmitir, a sua essência, a sua filosofia, ao desfecho. E isso é o que devemos ter em mente quando lemos "A Última Batalha", história que encerra a série infanto-juven

Dogma

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"Enquanto uns discutem se Deus é o escritor, o livro ou as personagens, outros já O descobriram na inspiração, pois sem ela não haveria personagens, nem livro, nem escritor." Jefferson Luiz Maleski

Fado

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Esta é a continuação do conto Vingança ou justiça? publicado no blog Fênix Apoplética . Este tal Destino é um grande gozador. Promete mundos e fundos aos ingênuos quando na verdade está cedendo corda ao enforcado para, quando menos se espera, retesar o laço e bradar “quem pensas que és” e “não te deixei ir tão longe”. Da mesma forma, pode o Destino brincar – e você, leitor, o perceberá na irônica história que contarei agora – sim, pode o Destino brincar simulando despejar bênçãos quando faz exatamente o oposto. Na penumbra do quarto um homem fitava aquela que dormia em sua cama. Ela havia sido trazida inconsciente para ser socorrida. O lume da pequena vela sobre o criado-mudo a revelava uma pintura angelical. Olhos nipônicos. Cabelos negros. Lábios chamejantes. Nunca a vira antes, tão bela, tão desprotegida, tão sensual. Mas ele sabia quem tinha em mãos. Uma mulher trazida pelo Diabo. O médico diagnosticara amnésia temporária, provavelmente definitiva. Contudo, apesar de não o recorda

Ler devia ser proibido, de Guiomar de Grammon

A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido. Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos. Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente.

Para Ler Como um Escritor, de Francine Prose

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Escrever bem é um exercício de psicologia. Embora isso não signifique que psicólogos serão sempre bons escritores é quase certo que bons escritores dariam ótimos psicólogos. A atenção aos detalhes, muitas vezes sutis, a percepção do que é expresso verbalmente, por meio de gestos e até mesmo no não-dito são essenciais para se escrever (e também para se ler) uma boa história. Não há regras para assimilar tais habilidades de observação e se tornar um bom escritor. Aliás, há uma, segundo Francine Prose: "Quanto mais lemos, mais rapidamente somos capazes de executar o truque mágico de ver como as letras foram combinadas em palavras dotadas de sentido. Quanto mais lemos, mais compreendemos, mais aptos nos tornamos a descobrir novas maneiras de ler, cada uma ajustada à razão que nos levou a ler um livro particular." (pg. 17) Para ler como um escritor (2008, Jorge Zahar Editor) é um livro teórico, mas com a diferença de ser altamente estimulante. Ensina os conceitos básicos da escr

O significado do nome

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Um dos debates lingüísticos mais interessantes atualmente é sobre a capacidade do cérebro humano funcionar melhor através da nomeação de coisas, lugares e pessoas. Descobriu-se que nós lembramos, compreendemos e até raciocinamos melhor quando há um nome ou uma palavra envolvido. Esse é um aspecto tão interligado conosco que quando se pergunta "quem é você" automaticamente respondemos um nome. Isso nos leva a pensar: você É um nome composto de poucas palavras ou esse nome é apenas uma pequena parte do seu ser? Na literatura, o nome é essencial na construção das personagens. Alguns escritores afirmam que o nome influencia até na verossimilhança da história. Os nomes podem indicar algum detalhe sutil sobre a personalidade. Os nomes podem ser usados para diferenciar a nacionalidade (William, Smith e Parker seriam ingleses, Pierre francês, Silva e Oliveira brasileiros), profissão (Machado, Gomes e Armando servem como uma luva para policiais; Natasha, Roberta e Monique para mulher

História Verdadeira, de Montesquieu

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Charles-Louis de Secondat (1689-1755), mais conhecido como Barão de Montesquieu ou simplesmente Montesquieu, foi político, filósofo iluminista e escritor francês. Ficou famoso pela sua Teoria da Separação dos Poderes defendida no livro O Espírito das Leis e atualmente adotada pela maioria das Constituições, inclusive a brasileira. O que poucos sabem é que Montesquieu também escreveu livros de ficção em que criticava os costumes, a sociedade, a monarquia absolutista e a religião. Seu romance mais famoso é Cartas Persas . Menos conhecido, História Verdadeira é uma maravilha em originalidade e crítica, apesar de ter apenas 96 páginas. Relata quatro mil anos da vida de um único protagonista em suas várias transmigrações (reencarnações). E de quebra, narra hábitos, costumes e eventos em diversas partes do mundo em diferentes épocas. Eventos cotidianos e particulares, não marcos históricos. "Resolvi desencaminhar uma jovem. Seu marido descobriu tudo, e matou-me. Como era inteiamente n

Como matar um bicho-papão - Parte III: A MÃE

Leia também: Parte II: O PAI "Quando eu namorava a sua mãe ele era o meu melhor amigo. Até ambos me traírem juntos. Magoado, mudei de cidade enquanto Cairo e Alessandra passaram a morar juntos. Mas isso foi antes de você nascer." Soava estranho para Andréa ler revelações sobre o passado de sua mãe e de seu pai. Eles não só haviam traído um namorado e um amigo, respectivamente, como também nunca comentaram nada sobre o assunto. Pelo menos não próximo dela. Não que ela acreditasse totalmente naquelas palavras, pois a primeira reação quando acusam a um ente querido é a negação incondicional, a proteção fraternal, a confiança pela intimidade e proximidade. Mesmo que as acusações sejam verdadeiras. Confiamos e protegemos basicamente porque precisamos de alguém para confiar e nos proteger quando precisarmos. Porém, Andréa sabia que todos possuem segredos – pequenos ou não – inclusive os seus pais, inclusive ela. Principalmente ela. Andréa sentia vergonha por sua mãe estar internada

Rato, de Luís Capucho

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Rato é um livro podre. É o tipo de livro que não merecia nem mesmo existir, quanto mais ser lido. Basicamente conta a história sem graça de um veadinho pobre e maconheiro. Antes de me acusarem de homofóbico, digo que se o personagem principal fosse uma mulher seria a história sem graça de uma putinha pobre e maconheira. Extravasar a sexualidade reprimida do personagem (e talvez do autor) parece ser o único motivo para se escrever uma coisa tão ruim. Não sou contra literatura que fale de sexo, de opção sexual, de relacionamentos homoafetivos, mas sou totalmente contra a má literatura, aquela escrita para mostrar um trecho biográfico da vida de alguém que não interessa a ninguém além do autor. Um grande escritor já disse certa vez em uma palestra sobre escrita que a maioria das nossas vidas são muito medíocres para virarem livro. Nós é que fantasiamos sermos os atores principais de um filme campeão de bilheterias. Mas não. Nem todos tem uma vida interessante para os outros. E principalm

O Jovem Törless, de Robert Musil

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O Jovem Törless foi o primeiro livro escrito pelo austríaco Robert Musil, mais conhecido pela enorme e inacabada obra O Homem sem Qualidades . Escrito em 1906, o livro faz parte dos romances classificados como "De Formação", em que o personagem principal passa por uma transformação interior durante a história. Assim como em Um Retrato do Artista Quando Jovem de James Joyce e Sidarta de Hermann Hesse, traz referências à juventude e ao aprendizado de uma maneira psicológica em que importam mais os pensamentos e sentimentos do protagonista do que aquilo que acontece ao seu redor. Törless é um jovem austríaco que, mandado para um internato no interior, descobre um mundo em que as aparências não revelam a verdade, antes ocultam a real personalidade das pessoas. Colegas considerados por seus pais como de boas famílias são cruéis, mesquinhos e vingativos longe dos adultos. Törless observa aos atos vis de seus colegas tentando descobrir seus próprios sentimentos, as respostas às