Quando crescer eu quero ser igual ao meu pai
Madrugada. Ducha fria. Pão com margarina. Café preto quente. Beijo. Beijo. Esposa e filho. Frio. Ônibus lotado. Porcos enlatados. Trânsito. Engarrafamento. Xingamentos. Barbeiragens. Atraso. Gerente nervoso. Último aviso. Cliente chato. Mais um. Outro. Outro. Outroutroutro. Trabalho chato. Vida chata. Meio-dia. Fome. Pê-éfe. Arroz. Feijão. Bife. Ovo. Digestão relâmpago. Fome. Água, muita água. Cliente brigão. Xingamentos. Barraco. Gerente-sorriso. Cliente sempre certo. Gerente-ameaça. Empregado sempre errado. Advertência. Feladaputa. Suspensão. Ônibus lotado. Suor e cecê. Trânsito. Engarrafamento. Cansaço. Beijo. Beijo. Filho e esposa. Porta da geladeira. Contas atrasadas. Água. Energia. Aluguel. Receita médica. Tosse e febre alta. Remédio infantil. Sessenta reais na farmácia. Vinte na carteira. Ducha fria. Janta requentada. Tevê. Notícias. Inflação. Greves. Mensalão. Cachoeira. Milhões de reais. Todos inocentes. Menos eu. Noite abafada. Pernilongos. Sono ruim. Pesadelo. Fim?
Ok, já li seu conto antes e já opinei sobre ele, mas hoje me lembrei de uma música que me lembrou seu miniconto. Ela não tem muito haver, mas acho que vai gostar:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=NisCkxU544c