A Fúria (He was a quiet man), 2007

Era mais fácil no passado.
Sabia-se o que era preciso para ser um homem.
Você se manifestava contra aquilo que era errado.
Você tinha o direito de fazer isso.
Esperavam que você fizesse isso.
O modo como você vivia, o treinamento que enfrentava, lhe preparavam para os confrontos inevitáveis que poderiam acabar em mutilações ou até em morte.
Então algo aconteceu.
Jogamos fora as leis da decência.
Advogados se tornaram nossos pastores.
E o que certa vez foi uma coisa fácil de entender se perdeu na burocracia do que nós chamamos de civilização.
Um homem não podia mais enfrentar o que havia de errado a sua volta.
Tinha que passar por cortes e advogados e se arrastar por quilômetros de processos.
As mulheres exigiam igualdade, e conseguiram. Não conseguindo tudo o que os homens tinham, mas através da castração deles, na forma da lei.
Não me importo com o que você diz.
Isto não é progresso.
Não é evolução.
É uma doença e é preciso alguém perceber o que está em jogo.
Alguém que possa se levantar como um verdadeiro homem e agir contra a injustiça e o desequilíbrio neste mundo.
Hoje.
Agora mesmo.
Antes do almoço.

[...]

Você pode perguntar por que fiz o que fiz.
Mas que escolha você me dava?
De que outro jeito conseguiria sua atenção?
Tudo o que queria era existir no seu mundo.
Apenas uma pessoa
que me visse de verdade
me ajudasse a encontrar
uma saída.
Chegará um tempo
em que os doentes e os fracos
devem ser sacrificados
para salvar a espécie.


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