Os Sete contra Tebas, de Ésquilo

Compre Os Sete contra Tebas[ atualizado em 19/08/2008 ]

Os Sete contra Tebas traz a seqüência das tragédias ocorridas na família amaldiçoada de Édipo relatando os preparativos feitos por Etéocles, rei usurpador do trono de Tebas, contra o ataque do exército de seu irmão, Polinice. Ambos são filhos de Édipo e Jocasta e irmãos de Antígona. Dentre todos os livros que narram a saga edipana, a melhor seqüência cronológica para a leitura é esta:

1º - Édipo Rei (escrito em 430 a.C.), de Sófocles;
2º - Édipo em Colono (401 a.C.), de Sófocles;
3º - Os Sete contra Tebas (467 a.C.), de Ésquilo;
4º - As Fenícias (411 a.C.), de Eurípedes;
5º - Antígona (442 a.C.), de Sófocles;

Dizem que Ésquilo foi o pai da tragédia grega. Por ter sido soldado em várias batalhas, muitas de suas peças possuem uma veia militar. A lenda diz que morreu quando uma águia deixou cair uma tartaruga em sua cabeça careca, pensando que fosse uma pedra. Um fim trágico para quem escrevia tragédias. Das cerca de 90 peças teatrais que escreveu somente sete restaram:

- Os Persas;
- Os Sete contra Tebas;
- As Suplicantes;
- Prometeu Acorrentado;
- Agamêmnon;
- Coéforas;
- Euménides.

A impressão para quem ler este como o primeiro livro de Ésquilo é a de que Os Sete contra Tebas não é tão envolvente quanto os livros de Sófocles. Há muito falatório antes de uma batalha que não é narrada, em que são apresentadas as características dos sete generais que atacam os sete portões de Tebas, bem como os sete guerreiros da cidade designados para defendê-los. Mas é muito mais fácil escrever quando se têm algum material de apoio, e esta pode ser a diferença no caso dos escritos de Ésquilo e de Sófocles: enquanto Ésquilo foi o pioneiro, Sófocles seguiu por uma trilha que já existia, portanto, relativamente mais fácil.

O site da L&PM comenta sobre o livro: "Os Sete contra Tebas conta a infeliz história de uma guerra fratricida, que faz as ambições de poder falarem mais alto do que a irmandade, o bem comum e a tolerância. História essa que se repete até hoje e por isso não perde a atualidade". A tradução direta do grego é de Donaldo Schüler que, em seu prefácio bastante informativo, faz um apanhado geral das peças de Ésquilo comparadas com outras da mesma época ou sobre os mesmos temas.

leitura em: Abril 2007
título: Os Sete contra Tebas, de Ésquilo
edição: 1ª, L&PM Editores (2007), Coleção L&PM Pocket nº 322, 102 pgs
preço: Compare no Buscapé
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