O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
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E como é bom ler um livro escrito por alguém que realmente sabe escrever. Verdadeiramente é como achar um tesouro. Ele enche os olhos, a inteligência, a imaginação e os sentimentos. Faz com que entremos dentro dos personagens que nos são apresentados, compartilhemos de suas alegrias e de suas tristezas, amemos quem eles amaram e odiemos quem eles odiaram, enfim, faz com que sintamos exatamente (e literalmente) o que eles sentiram em determinada página de suas vidas.
Alguns estudiosos dizem que a estória é uma síntese do american way of life, que pregava ser o objetivo essencial na vida ficar rico a qualquer custo. Também apontam que o autor baseou-se na história real do pai do presidente John F. Kennedy, que teria enriquecido da mesma maneira ilícita.
Virei fã do estilo de escrita de Fitzgerald. Ele escreve sem rodeios e de uma maneira cativante. Transforma em pura poesia uma estória em prosa. Como apenas um dos exemplos que poderia citar, separei um trecho do livro onde Fitzgerald nos brinda com a descrição memorável e única do sorriso de Jay Gatsby (pg. 44):
"Sorriu compreensivamente - muito mais do que compreensivamente. Era um desses sorrisos raros que têm em si algo de segurança eterna, um desses sorrisos com que a gente talvez depare quatro ou cinco vezes na vida. Um sorriso que, por um momento, encarava - ou parecia encarar - todo o mundo eterno, e que depois se concentrava na gente com irresistível expressão de parcialidade a nosso favor. Um sorriso que compreendia a gente até o ponto em que a gente queria ser compreendido, que acreditava na gente como a gente gostaria de acreditar, assegurando-nos que tinha da gente exatamente a impressão que a gente, na melhor das hipóteses, esperava causar."
A estória em si poderia até ser considerada medíocre: um romance interclasses fadado ao fracasso em meio as festas exibicionistas em que a manutenção das aparências, interesses e preconceitos de alguns ricos esnobes na Long Island da década de 1920 parecia ser o perfeito ideal de vida. Aí é que entra o gênio do bom escritor, transformando água em vinho. Conseguimos resistir a cada parágrafo em meio a um ambiente de falsidade para descobrir até que ponto o amor pode levar alguém. E se ele, o amor, não triunfar, pelo menos valeu a tentativa. "Que seja infinito enquanto dure" ensinou o poeta. Exatamente como a vida deve ser.
leitura em: Março 2007
título: O Grande Gatsby (The Great Gatsby)
edição: 1ª, O Globo - Coleção Biblioteca Folha (2003), 158 pgs
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edit 27/03/2007: Com esta resenha ganhei meu 5º livro no Projeto Leia Livro. Escolhi o O que é vida? (Editora Jorge Zahar), escrito por Lynn Maegulis e Dorion Sagan.
Hola Jefferson!!... gracias por pasar por mi blog!... conciderate linkeado!... cuidate mucho, un beso, saludos, bye bye!
ResponderExcluirOu como se diz na obra de Kurt Vonnegutt:
ResponderExcluirO amor pode até falhar, mas não o cavalheirismo.
ESTOU AQUI PRA DESEJAR UM BOM COMEÇO DA SEMANA
ResponderExcluirOlá, apanehi vc na casa do alves, e apeteceu dar um abraço a vc.. jinhos da laura..
ResponderExcluirvim agradecer a visita no meu blogue..
ResponderExcluir:)
volte sempre..
bjo
Hola!... queria decearte un buen dia, cuidate mucho!
ResponderExcluirah, tô te linkando, tá?
ResponderExcluir:)
Bueno, gracias por pasar a mi blog. Amm no entiendo todo más estoy buscando sobre Fitzgerald.
ResponderExcluir¡Besuditos!
Jefferson, gracias por el comentario!... seguire pasando por aqui!... que tengas un buen dia, un beso, bye bye
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