Tessitura Editora

Vez em quando aparece uma editora nova, ou menos conhecida, trazendo belas surpresas em seu catálogo de livros. Ao peneirar a internet atrás de uma tradução mais fiel (e não uma adaptação) de Beowulf dei de cara com a edição bílingue (de encher os olhos) da Tessitura. E, passeando pelo site da editora, notei que há outras pérolas. Assim que me sobrar dinheiro tempo pretendo fazer algumas aquisições por lá. Talvez até role uma resenha crítica se as traduções forem realmente boas (ultimamente ando resenhando somente livros excepcionais). Veja abaixo três livros que selecionei.

BEOWULF
Tradução de ERICK RAMALHO (Um dos ganhadores do JABUTI 2008)
240 pgs - 14 x 21 cm


SINOPSE: A Tessitura Editora lança, em edição bilíngüe, a tradução de Beowulf, poema inglês medieval. Pela primeira vez traduzido em versos para a língua portuguesa, Beowulf é apresentado lado a lado com o texto original, um épico de 3.182 versos com aliterações produzido, por volta do século X d. C., em inglês antigo. Beowulf - considerada a mais importante obra da Inglaterra antiga - é tema do estudo de medievalistas de diversas áreas e encontra-se traduzido para o inglês moderno e inúmeras outras línguas. A par de sua importância acadêmica, Beowulf apresenta, na complexidade de seus versos, temas recorrentes da Idade Média de interesse popular: guerras, monstros, feitos heróicos. A tradução, a introdução e as notas são de Erick Ramalho, membro do Centro de Estudos Shakespeareanos (CESh) e mestre em Literaturas de Expressão Inglesa pela UFMG, que também traduziu a obra Sonho de Uma Noite de Verão de William Shakespeare (Tessitura, 2006), além de ter publicado artigos e ensaios no Brasil e na Europa. Na introdução, Erick Ramalho apresenta uma detalhada contextualização do poema na história da literatura inglesa. As características da língua germânica naquela época são exploradas - há detalhes sobre o manuscrito ainda remanescente ao tempo, conservado na Biblioteca Britânica. As notas, ao explicarem os fundamentos da narrativa épica do poema e fornecerem informações lingüísticas, literárias e históricas específicas, servem tanto ao leitor comum quanto ao especialista. Tom Burns, professor da UFMG, escreve nas orelhas do livro que “Esta edição, com a tradução de Erick, para o português, e o texto original em anglo-saxão, colocados lado a lado, é um evento importante para as letras brasileiras”.

Encontre os melhores preços do livro no
Buscapé



TRABALHOS DE AMOR PERDIDOS
WILLIAM SHAKESPEARE / AIMARA DA CUNHA RESENDE
Capa flexível e encadernado
233 pgs - 14 x 22 cm


SINOPSE: Shakespeare foi, acima de tudo, homem de teatro e, para alcançar seus objetivos no palco, buscou trabalhar com tudo o que lhe sugerisse riqueza no gênero. Nessa busca constante, sua obra tomou vulto e originou peças como Hamlet, Otelo, O Rei Lear, Macbeth, Noite de Reis, Sonho de Uma Noite de Verão, A Tempestade, Trabalhos de Amor Perdidos, para citar apenas umas poucas. Entretanto, desde o início, já se sente em sua criação, mesmo modelada em autores clássicos, como Sêneca e Plauto, a verve do homem de teatro que, acima de tudo, observou o ser humano, amou-o, talvez, de forma única, compreendeu-o, divertiu-se a observá-lo, chorou, quem sabe, por e com ele. Esse homem de teatro, nem gênio absoluto, nem mito criado por um país que perdia seu poder de domínio, ou por um indomável capitalismo emergente, foi a maior glória que a dramaturgia produziu, até nossos dias. Sua obra permanece viva, com seus erros e suas grandes inovações formais, sua linguagem florescente, exploratória e inovadora, seus temas — não raro baseados em obras anteriores a ele — sua ternura e sua ironia em relação ao mundo, esse “palco onde homens e mulheres são apenas atores”. A obra é uma co-edição da Tessitura Editora e do CESh, Centro de Estudos Shakespeareanos.


POEMATA - Poemas em latim e em grego
JOHN MILTON / ERICK RAMALHO
456 pgs - 14 x 22 cm


SINOPSE: Edição dos poemas latinos e gregos de John Milton (1608-1674), poeta inglês mais conhecido por sua epopéia Paraíso Perdido. Dividida em duas seções, Livro de Elegias e Livro de Silvas, esta obra apresenta beleza poética singular na diversidade de seus temas e modos. A edição é acompanhada de farto material crítico com descrições e análises dos versos, do seu contexto de produção, das referências mitológicas e de elementos lingüísticos, como aspectos do ensino de latim e de grego na Inglaterra seiscentista e da relação entre Milton e Estácio.

Encontre os melhores preços do livro no
Buscapé

Comentários

  1. Erick Ramalho09/08/2010, 11:07

    Muito obrigado por seu interesse em minhas traduções Espero que a leitura seja agradável. Talvez lhe interesse também o próximo lançamento da Tessitura. Eis o texto de divulgação.

    A Tessitura Editora tem o prazer de anunciar o lançamento de O espaço literário da Roma antiga.
    Os organizadores dessa série, Guglielmo Cavallo, Paolo Fedeli e Andrea Giardina, são três dos mais importantes nomes da crítica italiana para os estudos clássicos. Nesse primeiro volume, A produção do texto, reúnem-se ensaios sobre épica, lírica, história, filosofia, além de áreas menos estudadas como direito, agronomia e ciência.
    Partindo de uma proposta original de reflexão sobre a Roma antiga, tanto com rigor acadêmico quanto com o intuito de fruição, com elegância e sem jargões, mostra-se uma das melhores obras de referência disponíveis para os estudiosos da área, sem com isso deixar de ser útil ao leitor não-especialista.
    O lançamento terá a presença da tradutora Fernanda Messeder Moura e será realizado no dia 14 de agosto, a partir das 11h30, na Livraria Café com Letras, na rua Antônio de Albuquerque, 781, em Belo Horizonte. Exemplares poderão ser encomendados diretamente à editora no endereço contato@tessituraeditora.com.br.

    Atenciosamente,

    Erick Ramalho

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Isso aqui não é uma democracia. Portanto, escreva o que você quiser, mas eu publico somente os comentários que EU quiser.

Postagens mais visitadas deste blog

Expressões lá do Goiás (II): Cara lerda

Oração da Serenidade, de Reinhold Niebuhr

Destaques da 23ª semana de 2010