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Sobre a Brevidade da Vida, de Sêneca

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A filosofia estóica me fascina. Como pensamentos tão simples e antigos podem mudar nossa maneira de ver a vida tão profundamente? Primeiro passeei com Epiteto em A Arte de Viver e ele me confidenciou o segredo da felicidade. Agora Sêneca mandou uma carta me mostrando como viver mais, em Sobre a Brevidade da Vida . Se continuar nesse ritmo, em pouco tempo conhecerei todos os mistérios do Universo, até que sabe decifrarei o maior de todos eles: as mulheres! Quisera eu que todos tivessem acesso aos clássicos gregos, principalmente a tratados filosóficos como este, fáceis de ler e de rápida assimilação, para se lambusarem neste manjar. O problema nem mesmo chega a ser o preço, afinal, os livros da Coleção L&PM Pocket Plus custam apenas R$ 6,00. É isso mesmo, o livro é mais barato que a xerox dele! O que está faltando mesmo em nós é estímulo para trocar as baboseiras da TV por algo que faça realmente a diferença na vida (o livro fala disso, não é inspiração minha). A vida de Lúcio Ann...

O Pistoleiro, de Stephen King

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Em todo início de saga praticamente segue-se a mesma receita de bolo: apresentam-se as personagens principais, resolvem-se alguns probleminhas iniciais da jornada e levantam-se vários mistérios a serem desvendados ao longo de cada volume. Não pode ser tão chato ao ponto de ninguém querer ler a sequência nem tão explícito que todos julguem que já sabem o final. A Torre Negra é o universo paralelo criado por Stephen King, mestre do gênero terror. Primeiro da série de sete volumes, O Pistoleiro conta a história de Roland de Gilead, que é (dããr) um pistoleiro. O livro todo narra a perseguição de Roland ao Homem de Preto, um bruxo que poderá lhe levar à Torre Negra. Como o Homem de Preto fará isso não é mostrado, nem por que Roland quer chegar até a Torre, nem o que a Torre faz especificamente, somente cita-se que ela controla o espaço e o tempo. Fica no ar a impressão do início de uma ficção com viagens no tempo ou inter-dimensionais. Não sei se meu chute vira gol, mas quem já leu as seq...

Inteligência versus Preconceito

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A quantidade de preconceito que cada um de nós tem é inversamente proporcional a de inteligência. Jefferson Luiz Maleski

Vida de Herói

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O herói aterrissara no beco a procura da voz que clamava por ajuda. Deparou-se somente com um garoto meio que entre sujo e maltrapilho, que o observava com dois pequenos olhos sagazes. Quando indagado sobre qual o perigo iminente capaz de levá-lo a solicitar os préstimos do herói, limitou-se a responder que, por meio daquele pequeno ardil, o atraíra para relatar algo que era de seu interesse. Um pouco contrariado com aquela situação inusitada, mas já que estava ali, pensou que mal não haveria em ouvir o que o jovem teria a dizer. Afinal, os seus atos heróicos acrescentavam diariamente milhares de fãs ao redor do mundo que o consideravam um modelo na luta pelo bem e pela justiça. Até aquele momento salvara milhares de pessoas e até o planeta algumas vezes. Era preciso fazer o social de vez em quando. Pegava bem para a sua imagem profissional. Após um audível e longo suspiro, daqueles que costumam preceder declarações incômodas, o garoto falou. Primeiro pediu de maneira educada para que ...

Sobre a sabedoria

Quanto mais para o alto eu olho, mais percebo o quão profundo é o vale em que me encontro. Jefferson Luiz Maleski

O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

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Vou ser sincero sobre o motivo que me levou a ler O Grande Gatsby , escrito por Francis Scott Fitzgerald e publicado em 1925: na relação online no Librarything dos livros que possuo, há a opção de ordenamento pela quantidade de exemplares do mesmo livro existentes no catálogo de todos os usuários cadastrados. Analisando os meus livros nesta perspectiva, adivinha qual deles aparece em segundo lugar na minha lista em comum com outros leitores, com cerca de 7553 exemplares, e que eu nem mesmo havia prestado atenção antes? Pois é. Esse mesmo. Fiquei curioso em saber porque tanta gente tem esse livro. E adicionalmente me deparei com um dos agradáveis problemas que aparecem quando você compra uma coleção completa de livros (neste caso a Coleção Biblioteca Folha ): você não percebe os tesouros que tem em casa durante um bom tempo. E como é bom ler um livro escrito por alguém que realmente sabe escrever. Verdadeiramente é como achar um tesouro. Ele enche os olhos, a inteligência, a imaginaç...

101 Viagens de Sonho: e Como Torná-las Realidade, de Kiko Nogueira

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Li este livro somente porque ganhei. Não é bem o assunto que aprecio, visto que livros de fotos de lugares com comentários pessoais dos que lá estiveram me lembram sessões de fotos chatas em que os parentes mais ricos (e chatos) ficam se gabando das férias, bem ao estilo "Primo rico, primo pobre". As 101 viagens foram divididas em nove categorias: 1. Shows da natureza, 2. História e cultura, 3. Estradas sem-fim, 4. Hotéis de luxo, 5. Grandes cidades, 6. Paraísos na terra, 7. Emoção e aventura, 8. Oásis espirituais e 9. Cenários de romance. Dezesseis locais estão no Brasil, o que é bom porque você talvez conheça algum (eu conheço dois). Apesar da qualidade do papel, da capa e da impressão serem excelentes, não consegui distinguir o público-alvo para quem o livro foi escrito: se por um lado aparecem dicas de bebidas ou comidas baratas, por outro mostra hotéis e viagens de milhares de dólares, bem acima do consumo da maioria dos brasileiros. Ao menos o livro admite isto ao dizer...