(parte 2 de 4) "Querida Nita, Perdão. Mil vezes, milhares, infinitas. Por favor, meu amor, perdoe-me. Embora pareça puro desespero eu não poderia começar esta carta de outra forma. Mesmo que você seja uma ilha rodeada de rancor contra mim, o meu desejo é naufragar em você. Sendo o mais ingrato dentre os homens e não merecendo misericórdia, não consigo negar às súplicas da Esperança em acreditar que tu possas perdoar os erros de um pobre diabo e, assim, ratificar-se como a mais sublime e magnânima deusa nesta Terra. Não penses que escrevo para humilhá-la. São ordens médicas: meu tratamento consiste em sessões de conversas (monólogos!) com os médicos, remédios e livros receitados e, por fim, a escrita. Eles conseguiram ser tão eloquentes em afirmar que conseguirei exorcizar os meus demônios com lápis e papel que passei a acreditar, comecei a ter fé. E mesmo que estas linhas nunca cheguem à você, que virem papéis amarelados arquivados como referência de método terapê...