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Mostrando postagens de junho, 2008

Lemniscata: o Enigma do Rio, de Pedro Drummond

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Há um tesouro escondido no Rio de Janeiro: Lemniscata Para os apreciadores dos best-sellers que trazem caçadas a tesouros escondidos através de mapas, pistas e enigmas, ou fugas de assassinos perigosos ou de várias reviravoltas na trama, a opção do momento é o livro Lemniscata: o enigma do Rio . O escritor estreante Pedro Drummond conseguiu juntar no mesmo caldeirão vários elementos - bem dosados por sinal - e produzir um excelente livro. Pedro Drummond entra no universo literário com dois pés direitos. De sobrenome famoso, é filho do jornalista, político e escritor Olavo Drummond (falecido em 2006) e busca seu espaço próprio nas letras. Merecido. Não bastasse a herança genética, a experiência pessoal ajudou na empreitada, pois além de ser engenheiro eletrônico especialista em sistemas de segurança, Pedro ainda pilota, mergulha e pratica pára-quedismo. Os leitores de Lemniscata verão que ele usou bem tais conhecimentos na trama. O autor seguiu o estilo que tornou famoso o escritor no

A Faca Sutil, de Philip Pullman

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[ Editado em 04/11/2008 ] A Faca Sutil é o segundo livro da trilogia Fronteiras do Universo , do britânico Philip Pullman. Depois do final de A Bússola de Ouro , que termina com Lyra atravessando o portal para um mundo desconhecido atrás de seu pai, seria de esperar que a história recomeçasse exatamente onde parou. Mas não. Ela começa em outro mundo, o nosso, e traz como personagem principal o menino Will Parry. Apesar de ter apenas 12 anos, Will é procurado por assassinato. Assim como Lyra, no primeiro volume, as crianças continuam a serem apresentadas praticando atos adultos, inclusive criminosos. Fugindo, Will atravessa um portal e cai em um universo paralelo, a estranha cidade de Cittàgazze onde existem somente crianças. Ali Will conhece Lyra. Mesmo de mundos diferentes, os dois unem forças para: primeiro, levar Lyra para o universo de Will em busca de informações sobre o Pó; segundo, encontrar o pai de Will, desaparecido em uma misteriosa expedição ao Pólo Norte; e por último, de

Justiça Sem Limites "Boston Legal" (2006-2007) - 3ª temporada

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3x16 The Good Lawyer Eu quero muito acreditar em Deus. Não por causa das palavras na Bíblia ou pelas alegações do Evangelho, mas porque suponho que com nosso planeta sendo poluído até a extinção enquanto país após país desenvolvem bombas nucleares, coincidindo com um agravamento do ódio sem precedentes enquanto um continente inteiro está morrendo de AIDS e fome e o resto do mundo finge não perceber não é muito fácil ter fé no homem hoje em dia. Mas se não acreditarmos em Deus, a única alternativa é acreditar no homem. Bem, não tenho certeza se acredito em Deus. E mesmo se acreditasse não tenho certeza se será o mesmo Deus que fulano acredita... ou você acredita. Mas, na dúvida, eu ainda acredito no homem. Acredito no senso de humanidade nato do homem. Seu potencial de compaixão, razão, retidão em seu coração. Se acreditar em Deus e não existir nenhum Deus não há nenhum dano, nenhuma falha. Mas se não acreditar em Deus e ele existir você está ferrado. Boston Legal é uma dramédia do cana

Como matar um bicho-papão - Parte IV: O TRAUMA

Leia também: Parte III: A MÃE Um sorriso irônico. Um suspiro apressado. Mãos suadas na calça. Andréa tentava disfarçar o nervosismo, apesar de estar sozinha em casa. Dissimulou ao pensar em voz alta que trauma era coisa de gente rica. Pobre não tem estas frescuras. Seria cômico alguém afirmar que ela, justo ela, uma mulher simples, tinha um trauma de infância por culpa de um desconhecido. Hilário. Ensaiou uma gargalhada, mas esta acabou não saindo tão natural como queria. Procurou racionalizar o que se lembrava da infância: sonhos, decepções, sofrimentos, brigas, enfim, coisas que existem em toda família normal e nem por isso são traumas. Traumatizada era o adjetivo que não combinava com o substantivo próprio Andréa. A carta que ela tinha em mãos estava começando a soar totalmente infundada e sem cabimento. Mal sabia ela que o pior ainda estava por vir. Quando uma carta póstuma é enviada afirmando que o verdadeiro pai fora assassinado pelo homem até então considerado o progenitor, que

Um por todos

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Procurei palavras para: Ação/movimento natural de entrada e saída de ar nos pulmões - respirar. Para a entrada de ar - aspirar, respirar, inalar, inspirar e sorver. Para a saída de ar - há somente expirar. A língua portuguesa é interessante, há muitas palavras com o mesmo significado enquanto há somente uma para vários. No caso acima, expirar também significa morrer, terminar ou revelar. Nem espirar tem o mesmo sentido biológico. Poderia-se usar o verbo respirar genericamente, pois indica tanto a entrada quanto a saída de ar, mas específico à saída existe só um, expirar. Não devemos confundi-la com espirrar que, por sua função, seria uma espécie de expiração violenta, nem com soprar, que não é uma ação involuntária.

Use filtro solar (Sunscreen)

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Intitulado de "Sunscreen", este filme foi produzido em 1999 pela agência DM9DDB , onde na época Erh Ray e José Henrique Borgui eram parceiros de criação. A idéia para o "comercial" veio de um texto lido por um orador em uma cerimônia de formatura nos EUA no ano de 1997. Em 1º de Junho daquele mesmo ano, a jornalista Mary Schmich publicou o belíssimo texto em sua coluna no jornal The Chicago Tribune. Foi a partir disso que a redação chamada "Wear Sunscreen" circulou o mundo através de e-mails e chegou nas mãos de Ray e Borgui. Eles transformaram o texto em um vídeo extremamente emocionante e bem produzido, com imagens do cotidiano editadas em formato video-clip. São 7:05 minutos de filme, uma produção maravilhosa que conta tanto com a narração do famoso texto como com uma trilha sonora fantástica. No final das contas temos um comercial institucional de arrepiar, que não fala de uma empresa, fala de todos nós, para todos nós. Pensamentos que, se seguidos, po

Eu e o Orkut: nada a ver

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Hoje estou cancelando a minha conta no Orkut. Como todos os que me conhecem bem sabem que sou anti-Orkut desde sempre, surpreenderam-se quando anunciei meses atrás que havia criado um perfil. Mas era apenas um teste, uma fase. Entrei basicamente por três motivos. O primeiro foi pesquisar quem andava divulgando algumas citações minhas. Há um certo orgulho bobo em ver os nossos pensamentos espalhados pelo mundo. Além de vários perfis, encontrei minhas frases em comunidades anti-rascismo, anti-homofobia, de auto-ajuda, sobre autores famosos (logo eu?, kkk) e até de dietas e regimes. Depois de algumas semanas esse motivo me pareceu cada vez mais rídiculo até desaparecer por completo a sua importância. O segundo foi encontrar comunidades e informações sobre assuntos que gosto como filosofia, técnicas de escrita e direito, bem como pessoas que partilhassem desses interesses. Mas percebi que as comunidades em que me inscrevi indicavam sites disponíveis fora do Orkut. Como já uso a internet h