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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

Respostas literárias

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Para qualquer pergunta, existem vários livros com a resposta. É o que quer passar a campanha publicitária Ler te dá respostas feita pela agência Leo Burnett (Portugal) para o cliente Mediabooks, e que ganhou o Leão de Prata no último Festival de Cannes. Clique nas imagens para ampliá-las.

O Príncipe Maldito IV

Leia também a Parte III . O arauto abriu o pergaminho escarlate, maior que o anterior, e começou a ler em voz alta. O que se segue é, em partes, o que foi lido e, em outras, fruto da imaginação dos que ouviram a narração. Em uma das jornadas do príncipe Nadj em busca de aventuras, sabedoria e de uma maneira de quebrar as suas maldições, ele encontrava-se em uma taverna de muito má reputação. Era um lugar freqüentado pelos piores tipos. Mercenários, ladrões, prostitutas, assassinos, políticos, ex-celebridades, enfim, gente ruim mesmo. Mas o príncipe era discreto e não chamava a atenção em meio a baderna ao seu redor. Sentado em um canto com pouca iluminação, poucos prestavam atenção no forasteiro vestido com um manto druida cinza-escuro e que segurava um bastão de madeira. Os que o olhavam de relance, pensavam ser mais um matador de aluguel qualquer. Coisa que ali dentro não faltava. Por isso, era comum brigas começarem por besteiras e terminarem com alguém sendo carregado, aos pedaços,

O mágico de Oz, de Lyman Frank Baum

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Apesar de O Mágico de Oz ter se eternizado com a adaptação cinematográfica de 1939 , o livro do escritor Lyman Frank Baum é bem completo e complexo. Seria impossível narrar a história toda em apenas um filme, ainda mais com os produtores atuais preferindo refilmagens moderninhas, como a recente série Tin Man (2007, SCI FI Channel). Talvez se acredite que as crianças não se interessam por espantalhos, homens de lata e leões medrosos. Fora que não soaria ecologicamente correto trazer como herói alguém que usa um machado para decapitar 40 lobos ou derrubar árvores à torta e direita sempre que precisa. Mas, pensado inversamente, não estaríamos camuflando a fábula original para esconder de nossos filhos os erros que cometemos no passado? São as crianças atuais tão sensíveis à realidade que devem ser criadas entre raios e explosões multicoloridas excessivas, para não terem contato algum com a mais simples e, por isso, mais profunda verdade? Cervantes escreveu Dom Quixote para criticar os r

No bar

Dois amigos estão bebendo no boteco, quando um deles diz: - Cara, eu tô apaixonado. Você precisa conhecer a minha namorada. Ela é gata, super gostosinha e nos damos muito bem na cama. Olha ela vindo ali... E o outro: - Já comi.

Escritores

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"Para mim, há dois tipos de escritores: os que escrevem para ganhar dinheiro, e os que ganham dinheiro para escrever." (Jefferson Luiz Maleski)

O Príncipe Maldito III

Leia também a Parte II . Aproveitando para matar dois coelhos com uma cajadada, escrevo nesta parte sobre o tema da vez no Duelo de Escritores , CASAMENTO. O salão estava em silêncio, apesar de repleto de pessoas. Repleto não, lotado. Curiosos aproveitaram a pausa entre a parte anterior desta fantasiosa história e esta para entrar no salão deixando-o mais abarrotado de gente. Todos queriam presenciar a mesma coisa: ouvir a resposta - na verdade a pergunta - que o príncipe daria à pergunta - na verdade a resposta - fornecida pelo rei Leopoldo. Ninguém imaginava que iria sair boa coisa de um príncipe que não falava e que ainda por cima teve a audácia de dispensar o prazo concedido. O rei pensou que o príncipe não havia entendido direito - talvez fosse meio lento ou bobo, afinal, a maioria dos governantes é - e repetiu as condições do desafio: a mão da filha caçula, a formosa princesa Ágata, seria dada em troca da pergunta-resposta à resposta-pergunta do rei. O rei revelou a resposta, &

A Oxford de Lyra, de Philip Pullman

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Só se pode especular os motivos de Philip Pullman ter escrito A Oxford de Lyra . O livro seria um teste para saber se os leitores da trilogia Fronteiras do Universo - A Bússola Dourada , A Faca Sutil e A Luneta Âmbar - se interessariam em uma continuação? Ou seria um interlúdio mostrando que mesmo depois do mal supremo ter sido destruído, ainda restaram outros males, menores ou desconhecidos, no caminho de Lyra? Possivelmente a resposta às duas perguntas seja afirmativa, até porque Pullman já trabalha em um livro chamado The Dust Book (O Livro do Pó), que trará novamente as aventuras da Lyra da Língua Mágica. A história do livro em si é um conto pequeno, mais parecendo uma fanfic , trazendo Lyra e o seu daemon Pantalaimon, dois anos após os eventos de A Luneta Âmbar . Ela salva um daemon-pássaro de uma bruxa e procura a ajuda de um alquimista maluco para solucionar um mistério. Porém, não há tempo, e espaço, para os ataques à religião tão bem elaborados nas obras anteriores, mas per