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Mostrando postagens de junho, 2012

Luto

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Luto Luto contra Eu luto meu luto Sempre Por um instante Se luto é meu Não-luto não luto Se luto os outros Luto com palavras Sozinho Mas ainda Luto.

Cheia

(parte 3 de 4) - E se eu disser que o seu companheiro de quarto é apenas uma ilusão criada pela sua mente? - Impossível. - E por quê? - Zip! - Provérbios dezoito dois. - Hahahahaha. - Senhores, senhores, por favor acalmem-se, todos tiveram a sua vez de falar, agora é a vez do senhor Ferdinando. E senhor Zair, já lhe avisei antes, por favor pare com esta brincadeira de colocar o dedo no meu ouvido ou será severamente punido. - Zip! Os olhos do homem de roupa e barba brancas paralisaram imediatamente o pequeno Zair, fazendo-o recolher-se a sua cadeira. Em seguida, o doutor fez o mesmo com todos os que se encontravam no pequeno círculo. Éramos quatro contra um, mas quem ousaria contestar a São Pedro? Não, ele não era o verdadeiro São Pedro, eu acho, mas o chamávamos assim pois era o responsável por julgar quem estava apto ou não a deixar aquele purgatório. O guardião das portas voltou a atenção para mim. - Aonde paramos? - Eu dizia que é impossível eu ter imaginado u

Coleção Biblioteca Folha 2003

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A Folha de São Paulo volta e meia lança alguma coleção interessante. A primeira que adquiri dela, lá pelos idos de 2003, foi a Coleção Biblioteca Folha , com grandes autores nacionais e internacionais. Como só comecei a pegar o gosto por comprar coleções completas a partir de 2003, ouvi comentários que a Folha já havia lançado coleções semelhantes no mesmo formato e nome anteriormente, mas não sei dizer se eram os mesmos títulos nem qual o ano de lançamento. Os livros vieram com uma sobrecapa removível (como na imagem acima) para proteger do manuseio e da poeira. Segue abaixo a lista com os 30 títulos da coleção e os que eu já li. Detalhe: os em azul são os que gostei muito mesmo e releria tranquilamente a qualquer momento e os em vermelho são os que odiei muito e não só não releria mas também fujo dos outros livros dos autores. Os que não são azul nem vermelho não fedem nem cheiram. 1. Lolita, de Vladmir Nabokov (lido 2004) 2. O Nome da Rosa, de Umberto Eco (lido 2003) 3. O Ama

Sou como um livro (Autoria Anônima)

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Há quem me interprete pela capa. Há quem me ame apenas por ela. Há quem viaje em mim. Há quem viaje comigo. Há quem não me entende. Há quem nunca tentou. Há quem sempre quis ler-me. Há quem nunca se interessou. Há quem leu e não gostou. Há quem leu e se apaixonou. Há quem apenas busca em mim palavras de consolo. Há quem só perceba teoria e objetividade. Mas, tal como um livro, sempre trago algo de bom em mim.

O Pêndulo de Foucault, de Umberto Eco

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Difícil mas prazeroso Ele está na lista dos dez livros mais difíceis de ler ( Listverse ). O autor revelou que foi neste livro que inventou Dan Brown ( Veja ). Apenas estas duas notícias já seriam o suficiente para despertar a curiosidade sobre o que há de exótico em O Pêndulo de Foucault , do italiano Umberto Eco. Acrescente que Eco é meticuloso xiita incansável nas pesquisas preparatórias para os livros que escreve, tendo consultado mais de 1500 manuscritos e documentos antigos sobre sociedades secretas como templários, rosacrucianos, maçons etc. e personalidade famosas como Galileu, Leonardo Da Vinci, Isaac Newton, entre outras. E justamente esta pesquisa extensa é que torna a leitura lenta e complicada – muitas vezes chata e repetitiva – pois muitos títulos e citações pesquisados não são traduzidos para o português, aparecendo em francês, italiano, inglês etc. Mas é também o que torna o livro atraente: a possibilidade de incontáveis documentos e pessoas reais estarem envolvidos e

Livro é melhor que namorar?

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Clique nas imagens para vê-las em tamanho grande. Vi no BlogA .

O amor é outra coisa (Autoria Anônima)

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O amor não retribui as suas declarações. O nome disso é restituição de Imposto de Renda. O amor é outra coisa. O amor não é algo que faz tudo fluir melhor por dentro. O nome disso é Activia. O amor é outra coisa. O amor não te faz sentir mais alegre, risonho e ligeiramente desorientado. O nome disso é cerveja. O amor é outra coisa. O amor não te faz ficar simpático e amoroso de repente. O nome disso é Natal. O amor é outra coisa. O amor não faz ver borboletas coloridas, flores e sentir uma brisa que não parece existir. O nome disso é LSD. O amor é outra coisa. O amor não te deixa molinho e manhoso. O nome disso é Rivotril. O amor é outra coisa. O amor não é aquilo que te leva para as nuvens. O nome disso é avião. O amor é outra coisa. O amor não te dá a chance de mudar o que está diante de você. O nome disso é controle remoto. O amor é outra coisa. O amor não te pega desprevenido e te impulsiona para frente. O nome disso é topada

Crescente

(parte 2 de 4) "Querida Nita, Perdão. Mil vezes, milhares, infinitas. Por favor, meu amor, perdoe-me. Embora pareça puro desespero eu não poderia começar esta carta de outra forma. Mesmo que você seja uma ilha rodeada de rancor contra mim, o meu desejo é naufragar em você. Sendo o mais ingrato dentre os homens e não merecendo misericórdia, não consigo negar às súplicas da Esperança em acreditar que tu possas perdoar os erros de um pobre diabo e, assim, ratificar-se como a mais sublime e magnânima deusa nesta Terra. Não penses que escrevo para humilhá-la. São ordens médicas: meu tratamento consiste em sessões de conversas (monólogos!) com os médicos, remédios e livros receitados e, por fim, a escrita. Eles conseguiram ser tão eloquentes em afirmar que conseguirei exorcizar os meus demônios com lápis e papel que passei a acreditar, comecei a ter fé. E mesmo que estas linhas nunca cheguem à você, que virem papéis amarelados arquivados como referência de método terapêutic

Aforismos - Maio 2012

Escolha qual você gostou mais. Todos escritos pelo Jefferson Luiz Maleski. Se quiser replicar algum deles, só peço para que mencione a autoria, ok? Maldito o animal criado no sexto dia! A esperança não é a última que morre. Muitos sobrevivem após o seu funeral. Mas isso não significa que ela não possa nascer novamente. O politicamente correto é a nova censura consentida.

Cicatrizes

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