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Mostrando postagens de março, 2007

Sobre a Brevidade da Vida, de Sêneca

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A filosofia estóica me fascina. Como pensamentos tão simples e antigos podem mudar nossa maneira de ver a vida tão profundamente? Primeiro passeei com Epiteto em A Arte de Viver e ele me confidenciou o segredo da felicidade. Agora Sêneca mandou uma carta me mostrando como viver mais, em Sobre a Brevidade da Vida . Se continuar nesse ritmo, em pouco tempo conhecerei todos os mistérios do Universo, até que sabe decifrarei o maior de todos eles: as mulheres! Quisera eu que todos tivessem acesso aos clássicos gregos, principalmente a tratados filosóficos como este, fáceis de ler e de rápida assimilação, para se lambusarem neste manjar. O problema nem mesmo chega a ser o preço, afinal, os livros da Coleção L&PM Pocket Plus custam apenas R$ 6,00. É isso mesmo, o livro é mais barato que a xerox dele! O que está faltando mesmo em nós é estímulo para trocar as baboseiras da TV por algo que faça realmente a diferença na vida (o livro fala disso, não é inspiração minha). A vida de Lúcio Ann

O Pistoleiro, de Stephen King

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Em todo início de saga praticamente segue-se a mesma receita de bolo: apresentam-se as personagens principais, resolvem-se alguns probleminhas iniciais da jornada e levantam-se vários mistérios a serem desvendados ao longo de cada volume. Não pode ser tão chato ao ponto de ninguém querer ler a sequência nem tão explícito que todos julguem que já sabem o final. A Torre Negra é o universo paralelo criado por Stephen King, mestre do gênero terror. Primeiro da série de sete volumes, O Pistoleiro conta a história de Roland de Gilead, que é (dããr) um pistoleiro. O livro todo narra a perseguição de Roland ao Homem de Preto, um bruxo que poderá lhe levar à Torre Negra. Como o Homem de Preto fará isso não é mostrado, nem por que Roland quer chegar até a Torre, nem o que a Torre faz especificamente, somente cita-se que ela controla o espaço e o tempo. Fica no ar a impressão do início de uma ficção com viagens no tempo ou inter-dimensionais. Não sei se meu chute vira gol, mas quem já leu as seq

Inteligência versus Preconceito

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A quantidade de preconceito que cada um de nós tem é inversamente proporcional a de inteligência. Jefferson Luiz Maleski

Vida de Herói

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O herói aterrissara no beco a procura da voz que clamava por ajuda. Deparou-se somente com um garoto meio que entre sujo e maltrapilho, que o observava com dois pequenos olhos sagazes. Quando indagado sobre qual o perigo iminente capaz de levá-lo a solicitar os préstimos do herói, limitou-se a responder que, por meio daquele pequeno ardil, o atraíra para relatar algo que era de seu interesse. Um pouco contrariado com aquela situação inusitada, mas já que estava ali, pensou que mal não haveria em ouvir o que o jovem teria a dizer. Afinal, os seus atos heróicos acrescentavam diariamente milhares de fãs ao redor do mundo que o consideravam um modelo na luta pelo bem e pela justiça. Até aquele momento salvara milhares de pessoas e até o planeta algumas vezes. Era preciso fazer o social de vez em quando. Pegava bem para a sua imagem profissional. Após um audível e longo suspiro, daqueles que costumam preceder declarações incômodas, o garoto falou. Primeiro pediu de maneira educada para que

Sobre a sabedoria

Quanto mais para o alto eu olho, mais percebo o quão profundo é o vale em que me encontro. Jefferson Luiz Maleski

O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

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Vou ser sincero sobre o motivo que me levou a ler O Grande Gatsby , escrito por Francis Scott Fitzgerald e publicado em 1925: na relação online no Librarything dos livros que possuo, há a opção de ordenamento pela quantidade de exemplares do mesmo livro existentes no catálogo de todos os usuários cadastrados. Analisando os meus livros nesta perspectiva, adivinha qual deles aparece em segundo lugar na minha lista em comum com outros leitores, com cerca de 7553 exemplares, e que eu nem mesmo havia prestado atenção antes? Pois é. Esse mesmo. Fiquei curioso em saber porque tanta gente tem esse livro. E adicionalmente me deparei com um dos agradáveis problemas que aparecem quando você compra uma coleção completa de livros (neste caso a Coleção Biblioteca Folha ): você não percebe os tesouros que tem em casa durante um bom tempo. E como é bom ler um livro escrito por alguém que realmente sabe escrever. Verdadeiramente é como achar um tesouro. Ele enche os olhos, a inteligência, a imaginaç

101 Viagens de Sonho: e Como Torná-las Realidade, de Kiko Nogueira

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Li este livro somente porque ganhei. Não é bem o assunto que aprecio, visto que livros de fotos de lugares com comentários pessoais dos que lá estiveram me lembram sessões de fotos chatas em que os parentes mais ricos (e chatos) ficam se gabando das férias, bem ao estilo "Primo rico, primo pobre". As 101 viagens foram divididas em nove categorias: 1. Shows da natureza, 2. História e cultura, 3. Estradas sem-fim, 4. Hotéis de luxo, 5. Grandes cidades, 6. Paraísos na terra, 7. Emoção e aventura, 8. Oásis espirituais e 9. Cenários de romance. Dezesseis locais estão no Brasil, o que é bom porque você talvez conheça algum (eu conheço dois). Apesar da qualidade do papel, da capa e da impressão serem excelentes, não consegui distinguir o público-alvo para quem o livro foi escrito: se por um lado aparecem dicas de bebidas ou comidas baratas, por outro mostra hotéis e viagens de milhares de dólares, bem acima do consumo da maioria dos brasileiros. Ao menos o livro admite isto ao dizer

Moreno28 entra na sala...

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Ela pegou nas mãos dele. Primeiro, suave e cuidadosamente, roçou os seus dedos por baixo. Depois, como que descobrindo algo novo, ali, em uma mão não tão nova para ele (pois já a conhecia há pelo menos 10 dos seus 30 anos), virou as palmas para cima e com o olhar e o tom da voz analíticos disse: - A sua mão é macia. É mão de quem não trabalha. E ele, com a resposta pronta desde que ouvira aquilo pela primeira vez (e com um olhar malicioso que sempre acompanhava a resposta pronta): - Eu não trabalho com as mãos, mas com outra parte do corpo. - E com qual parte do corpo você trabalha? - Com a cabeça, lógico - disse ele, ainda mantendo o tom malicioso. - É, você tem cara de inteligente. Pena que CDF não faça o meu tipo. Já tentei antes e não deu certo. Duas vezes - e afastando as mãos das mãos, os olhos dos olhos, o coração do coração, levantou-se e concluiu - Mas se você tiver algum amigo menos tímido, pode até ser burro, desde que tenha o bumbum durinho, lembra de mim, ok? Assim termino

A Vida e o Pensamento de Buda, de Morgana Gomes

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A Editora Minuano lançou recentemente a Coleção Iluminados da Humanidade, com biografias bem sintetizadas de vários personagens importantes da História. Eu já havia lido no ano passado o volume 7 sobre Voltaire e achei muitíssimo informativo. Desta vez, resolvi ler o primeiro volume da coleção, para me aprofundar um pouco mais no assunto depois de ler o livro Sidarta , de Hermann Hesse. Posso dizer que não só a minha curiosidade inicial foi suprida como a minha compreensão inicial agora encontra-se, digamos, em um nível satisfatório. A autora consegue resumir em poucas páginas praticamente a essência da vida e dos ensinamentos de Sidarta Gautama, o Buda. Desde a sua vida como príncipe e asceta, os ensinos deixados para os discípulos, as interpretações e divisões entre os seus seguidores após a sua morte, e como e porque o budismo se expandiu por todo o mundo, principalmente pelo continente asiático. Como trata de uma cultura totalmente diferente da ocidental, Morgana Gomes teve o cuida

O Caso dos Dez Negrinhos, de Agatha Christie

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Uma ilha. Dez pessoas. Um assassino. Se estas premissas já garantiriam uma boa trama policial, imagine uma escrita pela mestra do suspense, Agatha Christie. É simplesmente genial! Quando um a um, os personagens vão morrendo sem saber quem é o assassino. Nem os personagens, nem o leitor. Eu bem que tentei, mas a Sra. Christie conseguiu me enganar completamente. Só desvendei o mistério quando terminei de ler o livro, o que não é lá grande coisa já que ela revela tudo no epílogo. Todos os meus palpites sobre quem era o culpado estavam errados. Todas as pistas que foram deixadas eu não percebi. Até chutei que era o mordomo, por falta de imaginação e opção. Hehehe, a conclusão é que definitivamente eu não tenho nenhum tino pra Sherlock Holmes. A história começa quando dez pessoas são convidadas a ir para a deserta Ilha do Negro por motivos diferentes. Lá descobrem que além de não se conhecerem nem ao seu hospedeiro, todas são acusadas de terem praticado um homicídio no passado. Como não con

Auto-estima

Se você não se valorizar, chegará uma hora em que todos acreditarão em você. O contrário também é válido. Jefferson Luiz Maleski

Como Salvar o Planeta Terra

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Pai e filho passeavam à beira de um lago e admiravam juntos a natureza ao seu redor. O céu límpido de fim de tarde trazia um vento fresco que movia as folhas das árvores, simulando um harmônico balé em diversos tons de verde. O som relaxante da vegetação e de algumas araras que que se ajeitavam para dormir transmitia uma sensação ao mesmo tempo de alegria, paz e tranquilidade. O perfume no ar das flores, folhas e terra era embriagante. Depois de um longo período de reflexivo silêncio, o pai comentou: - E pensar que pouco tempo atrás quase perdemos toda esta maravilha. Seria um desastre imperdoável! - Com certeza - respondeu o filho. - Ainda bem que conseguimos resolver a tempo os problemas que ameaçavam a fauna e a flora. Mas não foi fácil, pois houve uma época em que a destruição do planeta era de certa forma inevitável. Isto foi a um bom tempo antes de você nascer, meu filho. Olhando bem fundo nos olhos do filho, o pai percebeu que este continuava interessado na conversa, e então seg